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COP30
Congresso em Foco
17/3/2025 12:14
O senador paraense Beto Faro (PT-PA) criticou a alta nos preços de hospedagem em Belém (PA) para os dias da COP30, que acontecerá nos dias 6 e 7 de novembro. Em artigo publicado nesta segunda-feira (17), ele afirmou que a especulação imobiliária compromete tanto a organização do evento quanto o turismo local.
"Consta que há hotéis, sem classificação de estrela, que estão oferecendo diária para o período da COP acima de R$ 10 mil para uma diária normal de R$ 180,00. Apartamentos alugados atualmente por 3 mil Reais/mês, são ofertados por 40 mil Reais, por alguns dias", denunciou Faro.
Impacto na organização
Desde janeiro, veículos nacionais e internacionais vêm destacando a disparada nos valores. Segundo o senador, a situação já afastou turistas e delegações estrangeiras que planejavam participar da conferência. "Por conta de absurdos dessa natureza, muitos grupos de pessoas de várias partes do mundo que tentavam garantir a viagem a Belém desistiram do projeto", lamentou.
A escassez de vagas em hotéis levou visitantes a buscarem alternativas em aluguéis residenciais, também superfaturados. Faro alerta que, se essa prática persistir, o turismo em Belém pode sofrer impactos negativos no longo prazo.
"Notícias veiculadas no exterior e por jornais de grande expressão nacional dão conta de demonstrações absurdas de ganância, que são verdadeiros 'tiros no pé' para os interesses do crescimento do turismo no nosso estado", afirmou.
O parlamentar pediu que os preços sejam ajustados à realidade da capital paraense e ressaltou que a realidade econômica de Belém destoa da de Dubai, cidade com maior PIB nos Emirados Árabes Unidos, onde foi realizada a COP28. "Insistimos para que não confundam Belém com Dubai, no recorte posto da 'riqueza'; que saibam que encontrarão uma cidade com todas as contradições das grandes cidades da Amazônia, região economicamente pobre do Brasil".
Cobrança ao poder público
Além das hospedagens, Faro chamou atenção para a alta nos preços de alimentos, especialmente os típicos da região. Ele defendeu medidas do poder público para evitar impactos negativos tanto para os moradores quanto para os 50 mil visitantes previstos.
"Isto, não apenas para bem recepcionar a população visitante na época da COP, mas, principalmente, para resgatar maior conforto econômico para a nossa população, em especial, das camadas inferiores de renda", concluiu.
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