Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
TENTATIVA DE GOLPE
Congresso em Foco
17/3/2025 8:23h
A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) e a professora de direito e vereadora Liana Cirne (PT), de Recife, ingressaram com pedidos de prisão preventiva contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF), respectivamente. Ambos os pedidos foram motivados por declarações e atos realizados por Bolsonaro em manifestação em Copacabanajuntou-18-3-mil-pessoas-segundo-pesquisa, no Rio de Janeiro, nesse domingo (16). Na avaliação das parlamentares, as ações de Bolsonaro representam uma ameaça contínua à ordem democrática e à estabilidade institucional do país.
No pedido endereçado à PGR, Salabert argumenta que as declarações de Bolsonaro representam um risco à ordem democrática. Segundo ela, a manifestação alimenta a insatisfação de grupos extremistas e potencializa atos violentos. Ela também solicita a proibição do uso de redes sociais e a participação em eventos públicos por parte de Bolsonaro.
Já na representação encaminhada ao Supremo, Liana alega que as convocações de Bolsonaro via Instagram configuram tentativa de obstrução da justiça e incitação a novos atos antidemocráticos, visando anistia para aqueles envolvidos na tentativa de golpe de Estado de 2022. Ela também solicita medidas cautelares para restringir a atuação de Bolsonaro em novas convocações.
Crítica a Moraes
Durante a manifestação, Bolsonaro criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do seu processo no Supremo Tribunal Federal (STF). Todos os inquéritos do Moraes são confidenciais, secretos. Ninguém pode saber de nada que está ali. Ele começou a investigar o presidente da República em julho de 2021, e não tinha um fato definido. Eles nos acompanhavam 24 horas por dia, afirmou.
Segundo ele, Moraes atuou para evitar sua reeleição em 2022. Houve sim mão pesada do Alexandre de Moraes nas eleições. Por exemplo, segundo decisão dele, eu não podia mostrar imagem do Lula defendendo aborto, não podia botar imagem do Lula defendendo ladrão de celular, emendou.
Manifestação esvaziada
A manifestação em Copacabana, organizada pelo pastor Silas Malafaia e com a presença de diversas autoridades, ocorreu em meio à expectativa pelo julgamento no STF sobre uma trama golpista após as eleições de 2022. Bolsonaro é um dos 34 denunciados e apontado como líder da organização criminosa. O Supremo analisará, nos próximos dias 25 e 26, a denúncia contra o ex-presidente e outros sete acusados.
De acordo com monitoramento da Universidade de São Paulo, cerca de 18,3 mil pessoas participaram do ato em Copacabana. Já o Datafolha indicou a presença de 30 mil pessoas. Ambos os númerols ficam abaixo do que Bolsonaro conseguiu reunir antes. Em 7 de setembro de 2022, quando era presidente, Bolsonaro convocou um ato que juntou 64,6 mil pessoas no mesmo local, também segundo o Monitor do Debate Político no Meio Digital da USP. Em abril de 2024, outra manifestação em seu favor reuniu 32,7 mil apoiadores.
O próprio Bolsonaro chegou a falar em reunir um público de um milhão de pessoas na manifestação deste 16 de abril. Depois reviu a previsão para 500 mil. A Polícia Militar, sob o comando do governador Cláudio Castro (PL), aliado do ex-presidente, informou que cerca de 400 mil pessoas passaram pela manifestação em Copacabana.
ORÇAMENTO 2025