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Meio Ambiente
Congresso em Foco
14/3/2025 14:03h
Em Belém, sede da COP30, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, declarou que a conferência será a mais relevante desde a assinatura do Acordo de Paris, uma década atrás. "Tudo o que havia para discutir sobre estrutura, processos e regras já foi feito. Não tem mais para onde escapar: agora é implementar", frisou.
A ministra relembrou que 2024 marcou o primeiro ano em que a meta do Acordo de Paris, de limitar o aumento da temperatura média global a 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais, foi ultrapassada.
Conforme o Copernicus, observatório climático da União Europeia, a temperatura média do planeta em 2024 atingiu 1,6ºC. "A ciência diz que não se pode ultrapassar o 1,5ºC, porque com 1,5ºC, já estamos vivendo secas na Amazônia, incêndios no Pantanal, ondas de calor. O mundo inteiro está desequilibrado", salientou.
Considerando os impactos da mudança climática globalmente, a COP30, prevista para novembro, não pode ser "a COP do Brasil, do Pará ou da Amazônia": "É uma COP que acontece no Brasil, no Pará e na Amazônia, porque a responsabilidade de encarar esse problema é de 195 países", enfatizou, referindo-se aos signatários do Acordo de Paris.
Marina Silva participou da 5ª Conferência Estadual do Meio Ambiente do Pará, que congregou representantes da sociedade civil, governo e setor privado para debater e definir vinte prioridades e estratégias para o Estado. As propostas serão apresentadas por uma delegação de 50 representantes paraenses na 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, que ocorrerá de 6 a 9 de maio em Brasília (DF), sob o tema "Emergência Climática: O Desafio da Transformação Ecológica".
A conferência estadual, promovida pelo governo paraense, é um desdobramento das etapas municipais e intermunicipais da 5ª CNMA. Nessa fase, os municípios paraenses contribuíram com ideias e propostas para enfrentar os desafios climáticos locais. Participaram 85 municípios, elaborando 488 propostas a partir de 43 conferências municipais e seis intermunicipais.
O secretário-adjunto de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Rodolpho Zahluth Bastos, presente no evento com a ministra, destacou a importância da construção das políticas ambientais e climáticas nacionais com base nas contribuições da sociedade.
"O resultado das conferências municipais, estaduais e da conferência nacional será apresentado durante a COP aqui. Essas propostas que emanaram dos diferentes territórios do Brasil, da população, eleitas como prioritárias no enfrentamento à mudança do clima, são fundamentais, porque serão transformadas em um plano nacional orientativo de políticas públicas", afirmou.
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