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AVALIAÇÃO DO GOVERNO
Congresso em Foco
14/3/2025 | Atualizado às 10:33h
Pesquisa Ipsos-Ipec divulgada na noite dessa quinta-feira (13) confirma a tendência apontada por outros institutos de queda na popularidade do presidente Lula. Pela primeira vez, um levantamento do Ipsos-Ipec indica que a rejeição ao presidente supera a sua aprovação.
De acordo com a pesquisa, 41% da população consideram o governo atual ruim ou péssimo, enquanto 27% o avaliam como ótimo ou bom. Outros 30% consideram o governo Lula regular, e 1% não soube ou não respondeu. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.
A piora é significativa, demonstrando uma erosão considerável na base de apoio do presidente. Em dezembro de 2024, a avaliação negativa era de 34%. De lá para cá, houve um aumento de 7 pontos percentuais. A avaliação positiva caiu de 34% para 27% no mesmo período.
O resultado vem alinhado ao de pesquisas anteriores, como as da Quaest, da CNT e do Datafolha, que já detectaram a queda na popularidade do presidente.
A insatisfação com a gestão de Lula não se limita à avaliação geral do governo. A pesquisa também investigou a aprovação da forma como o presidente tem administrado o país. Neste quesito, a reprovação é ainda mais contundente: 55% dos entrevistados desaprovam a condução do governo, enquanto 40% demonstram aprovação. Essa discrepância também revela uma queda acentuada na aprovação da gestão, com uma redução de 7 pontos percentuais em relação à pesquisa realizada em setembro de 2024, acompanhada de um aumento de 9 pontos percentuais na desaprovação.
A pesquisa destaca a polarização política que caracteriza o cenário brasileiro, evidenciando uma forte correlação entre a avaliação do governo e o voto nas eleições presidenciais de 2022. A aprovação de Lula é significativamente maior entre aqueles que votaram nele em 2022 (52%), enquanto a reprovação é amplamente dominante entre os eleitores de Jair Bolsonaro (72%).
O apoio a Lula concentra-se principalmente no Nordeste (37%), enquanto a oposição prevalece em outras regiões. A escolaridade e a renda familiar também exercem influência na avaliação do governo. Enquanto a aprovação é maior entre brasileiros com menor escolaridade (36%) e renda familiar de até um salário mínimo (34%), a reprovação predomina entre os mais instruídos (48%) e aqueles com renda familiar superior a cinco salários mínimos (59%). A religião também desempenha um papel, com os católicos demonstrando maior aprovação (52%) e os evangélicos maior reprovação (48%).
O Ipsos-Ipec ouviu 2.000 pessoas presencialmente em 131 municípios brasileiros, garantindo uma representação nacional. O nível de confiança é de 95%. Os resultados apontam para um desafio significativo para o governo Lula, exigindo uma análise aprofundada das razões por trás da queda na popularidade e a necessidade de estratégias para reverter a tendência negativa.
A pesquisa sugere a necessidade de políticas públicas mais eficazes e uma comunicação mais consistente com diferentes segmentos da população para recuperar a confiança e a aprovação.
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