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DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Congresso em Foco
08/03/2025 | Atualizado às 18h29
Neste sábado (8), é celebrado o Dia Internacional da Mulher. No Brasil, os números relacionados à segurança das mulheres indicam que há pouco a se comemorar. No ano de 2024 foram registrados 1.458 casos de feminicídio no Brasil, configurando-se como o pior da série histórica iniciada em 2015. Conforme os dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) do Ministério da Justiça, a região Centro-Oeste foi a que apresentou os piores resultados a nível proporcional.
Mato Grosso apresentou o maior índice proporcional de feminicídios, com 1,23 casos por 100 mil habitantes, totalizando 47 vítimas. Em seguida, aparecem Mato Grosso do Sul (1,21) e Piauí (1,18). Outros estados com altos índices incluem Maranhão e Roraima, ambos com 0,98 por 100 mil habitantes.
Confira o mapa da violência contra as mulheres por estado:
Por outro lado, os estados com os menores índices proporcionais são Amapá (0,25), Sergipe (0,44) e Ceará (0,44). O Amapá também registrou o menor número absoluto de feminicídios, com apenas dois casos.
Em termos absolutos, São Paulo alcançou o pior resultado, registrando 253 casos de feminicídio ao longo de 2024. Proporcionalmente, o número foi baixo em relação aos demais entes federados, com 0,55 a cada 100 mil habitantes. Minas Gerais (133), Paraná (109), Bahia (107) e Rio de Janeiro (107) também figuram entre os estados com maiores registros totais.
Piora contínua
Observando o acumulado da série histórica, Rondônia atingiu os piores índices proporcionais, com média de 2,76 casos para cada 100 mil habitantes. O pior ano no estado foi 2022, quando foram registradas 23 vítimas. Já em termos absolutos, São Paulo acumulou 1.556 casos de feminicídio entre 2015 e 2014.
O acumulado histórico também revela um crescimento contínuo dos casos, que passaram de 535 em 2015 para 1.458 em 2024. A única exceção foi entre 2022 e 2023, quando houve uma leve redução de 1.453 para 1.448 casos. Somando todos os anos da série, 11,882 mil mulheres foram vítimas de feminicídio.
Ainda é possível que o cenário seja pior do que o apresentado nos números acima. A base de dados do Sinesp tem como critério as informações fornecidas pelas secretarias de segurança pública de cada estado. Com isso, unidades da federação com menor capacidade de elucidação de crimes ou menor índice de acesso aos instrumentos de denúncia podem acabar sofrendo com subnotificação.
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