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Reforma ministerial
Congresso em Foco
6/3/2025 | Atualizado às 17:45
As especulações em torno de uma possível nomeação do deputado Guilherme Boulos (Psol-SP) para assumir a Secretaria-Geral da Presidência têm gerado diferentes opiniões entre governistas e sido unanimidade de rejeição por parlamentares da oposição. A informação de que Lula avalia o nome do psolista para a vaga foi revelada pelo jornal Folha de S.Paulo. A medida é vista como próximo passo da reforma ministerial de Lula.
O deputado Nilto Tatto (PT-SP) enxerga a indicação como "difícil". Segundo o parlamentar, isso se dá porque na Secretaria-Geral "é necessário alguém que dialogue com a diversidade das organizações da sociedade civil". Para ele, apesar de Boulos ter perfil, história e formação para estar à frente da pasta, o fato de estar no Psol poderia restringir o diálogo do governo, via Secretaria, com as organizações.
Glauber Braga (Psol-RJ), correligionário de Boulos, afirma à reportagem que ainda se trata de uma especulação. Ainda assim, o deputado avalia que, se a possível nomeação não vier acompanhada de "uma política priorizadora dos interesses mais legítimos dos precarizados", não há mudança efetiva no governo.
Portanto, para ele, a mudança política no Executivo só acontece se também houver alteração na "política econômica para atender prioritariamente a base social que elegeu Lula nas últimas eleições".
A reportagem acionou a assessoria de Guilherme Boulos, que reafirmou não ter informações sobre a nomeação.
O atual titular da pasta, Márcio Macêdo, é visto como uma das figuras que podem deixar a Esplanada dos Ministérios na reforma ministerial de Lula. Na última semana, o presidente anunciou a nomeação da deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) para a Secretaria de Relações Institucionais, responsável pelo diálogo entre Executivo e Legislativo. A parlamentar substitui Alexandre Padilha, que agora assume o Ministério da Saúde no lugar de Nísia Trindade.
Oposição
Enquanto alas governistas divergem sobre a possível indicação de Boulos, na oposição é unanimidade a rejeição para a nomeação. Líder da Oposição na Câmara dos Deputados, Zucco (PL-RS) argumenta que a possível nomeação se dá em um contexto em que o "governo está derretendo sob o ponto de vista da avaliação popular e precisa reorganizar sua base aliada".
"Na última semana, a nomeação de Gleisi Hoffmann para a Casa Civil já havia sido uma péssima sinalização por conta de seu perfil truculento. E indica que o governo ficará cada vez mais isolado", explica o parlamentar. "Então, a nomeação dele representa mais um degrau nessa escalada rumo ao radicalismo".
Ele avalia ainda que, por temer a impopularidade, alguns partidos cogitam deixar a base, como o PP. O presidente da sigla, senador Ciro Nogueira (PP-PI), inclusive, usou as redes sociais para questionar a possível nomeação. "O líder do movimento invasor dos sem teto sob o teto do Planalto seria a comprovação definitiva de que o governo está sem rumo e sem chão", escreveu.
Boulos, porém, rebateu o comentário do senador em publicação no X, antigo Twitter.
Entendo seu desespero. Seu chefe vai ser preso e você vai perder a eleição pro senado no Piauí. https://t.co/Ti3CHP8Hkc
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) March 6, 2025
Outro parlamentar que alfinetou o psolista na plataforma foi Gustavo Gayer (PL-GO). O deputado bolsonarista afirmou que a pasta que Boulos assumiria seria o "Ministério dos Vagabundos Terroristas". Guilherme Boulos rebateu: "Não, esse ministério seria para gente bêbada que mata alguém atropelado como você, deputado".
O congressista fez referência ao acidente de carro que Gayer se envolveu em 2000, que culminou na morte de duas pessoas e deixou outra tetraplégica. Em 2015, o deputado foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás por causar um acidente de trânsito ao dirigir alcoolizado.
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