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HISTÓRIA
Congresso em Foco
05/03/2025 | Atualizado às 12h15
No dia 20 de janeiro de 1971, o ex-deputado Rubens Paiva foi preso por agentes da ditadura militar. Levado para um quartel do Exército no Rio de Janeiro, foi brutalmente torturado e assassinado. Seu corpo nunca foi encontrado, tornando-se um dos casos mais emblemáticos de desaparecimento forçado durante o regime iniciado em 1964.
Antes de ser alvo da repressão, Paiva construiu uma trajetória marcada pela defesa da democracia. Engenheiro de formação e vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), foi eleito deputado federal pelo Partido Trabalhista Nacional (PTB) em 1962 e chegou a ser vice-líder da legenda na Câmara. Após o golpe militar de 1964, teve seu mandato cassado e passou meses exilado antes de retornar ao Brasil.
Mesmo afastado da política, Paiva continuou sob vigilância do regime. Sua prisão ocorreu no contexto da perseguição sistemática a opositores da ditadura. Documentos e testemunhos apontam que foi levado ao DOI-Codi, onde sofreu tortura até a morte. A versão oficial do regime afirmava que ele havia fugido, mas décadas depois, a Comissão Nacional da Verdade comprovou que sua execução foi ordenada pelo alto comando militar.
Ainda Estou Aqui
Rubens Paiva foi retratado no filme Ainda Estou Aqui, do diretor Walter Salles, baseado no livro homônimo escrito por seu filho Marcelo Rubens Paiva. A produção, estrelada pela atriz Fernanda Torres, mostra a história do desaparecimento de Paiva pela perspectiva de sua esposa, Eunice Paiva. O próprio Rubens foi representado pelo ator Selton Mello.
O filme foi agraciado no último domingo (2) com o Oscar de melhor filme estrangeiro. Foi a primeira produção brasileira a conquistar a estatueta.
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