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JUSTIÇA
Congresso em Foco
19/02/2025 | Atualizado às 10h02
A defesa de Jair Bolsonaro expressou "estarrecimento e indignação" com a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) apresentada no Supremo Tribunal Federal contra ele e outras 33 pessoas. O ex-presidente foi denunciado pelos seguintes crimes: liderança de organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência; grave ameaça contra o patrimônio da união e deterioração de patrimônio tombado.
Os advogados de Bolsonaro dizem que o ex-ajudante-de-ordens dele, o tenente-coronel Mauro Cid, alterou diversas vezes sua delação premiada para "construir uma narrativa fantasiosa". Segundo a defesa do ex-presidente, a denúncia é caracterizada por sua "precariedade, incoerência e ausência de fatos verídicos".
(veja a íntegra da nota mais abaixo).
Com 272 páginas, a denúncia detalha um amplo esquema liderado pelo ex-presidente e por integrantes de seu governo para manter-se no poder ilegalmente e impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, usando desinformação, manipulação de forças de segurança e tentativas de golpe militar. Entre os denunciados, além de Bolsonaro, estão os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, o tenente-coronel Mauro Cid o deputado Alexandre Ramagem e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
Caberá ao Supremo Tribunal Federal avaliar a denúncia. Se for aceita, Bolsonaro se tornará réu e responderá a ação penal.
Veja a íntegra da nota de Bolsonaro:
"NOTA AO POVO
"A defesa do Presidente Jair Bolsonaro recebe com estarrecimento e indignação a denúncia da Procuradoria-Geral da República, divulgada hoje pela mídia, por uma suposta participação num alegado golpe de Estado.
O Presidente jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam.
A despeito dos quase dois anos de investigações - período em que foi alvo de exaustivas diligências investigatórias, amplamente suportadas por medidas cautelares de cunho invasivo, contemplando, inclusive, a custódia preventiva de apoiadores próximos -, nenhum elemento que conectasse minimamente o Presidente à narrativa construída na denúncia, foi encontrado.
Não há qualquer mensagem do Presidente da República que embase a acusação, apesar de uma verdadeira devassa que foi feita em seus telefones pessoais.
A inepta denúncia chega ao cúmulo de lhe atribuir participação em planos contraditórios entre si e baseada numa única delação premiada, diversas vezes alterada, por um delator que questiona a sua própria voluntariedade. Não por acaso ele mudou sua versão por inúmeras vezes para construir uma narrativa fantasiosa.
O Presidente Jair Bolsonaro confia na Justiça e, portanto, acredita que essa denúncia não prevalecerá por sua precariedade, incoerência e ausência de fatos verídicos que a sustentem perante o Judiciário."
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