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Sustentabilidade
Congresso em Foco
18/2/2025 | Atualizado às 15:05
Durante a Conferência para Economias de Mercados Emergentes do Fundo Monetário Internacional, FMI, realizada na Arábia Saudita, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu as políticas econômicas adotadas em sua gestão e manifestou sua avaliação de que as finanças brasileiras operam "na normalidade do Real".
Haddad relembrou que, após assumir a pasta, o Brasil saiu de um cenário de inflação de dois dígitos para índices entre 4% e 5%. "O Brasil está relativamente dentro da normalidade do Real, implementado há 26 anos", disse. Ele também mencionou a recente valorização da moeda brasileira. "O dólar já voltou a níveis adequados, caindo em torno de 10% nos últimos 60 dias, o que deve fazer com que a inflação se estabilize", declarou.
A fala do ministro ocorre em um momento de recuperação do câmbio brasileiro após a alta do dólar no final de 2024, quando a moeda americana ultrapassou os R$ 6,00. Desde a posse do presidente Donald Trump, nos Estados Unidos, o Real entrou em um movimento de recuperação gradual de valor, alcançando os atuais R$ 5,69. No entanto, o cenário econômico ainda apresenta desafios, como o aumento do preço de alimentos básicos, incluindo a proteína animal e os ovos, abalando a popularidade tanto de sua pasta quanto do presidente Lula.
Sustentabilidade e governança global
Além dos desafios econômicos internos, Haddad reforçou a necessidade de avanços em pautas internacionais, como o desenvolvimento sustentável e a governança global. O Brasil regulamentou seu sistema de créditos de carbono em 2024 e pretende apresentar esse modelo na COP30 como um exemplo de política ambiental. O ministro ressaltou a importância da integração dos mercados de créditos de carbono para evitar barreiras comerciais que possam ser justificadas sob pretextos ambientais.
"Temos que repensar uma reglobalização sustentável, social e ambiental. Algo que ganhou força hoje em dia. Temos que encarar isso com muito, muito cuidado", afirmou Haddad, destacando a importância de um modelo econômico que atenda às demandas sociais e ambientais. Ele também mencionou que o FMI está passando por mudanças "para melhor", adotando políticas que reforçam a cooperação internacional e abordam temas sociais relevantes para os países membros.
A reorganização da governança global é uma demanda constante do governo Lula, que busca maior equilíbrio entre potências hegemônicas e países do sul global. Nesse sentido, Haddad destacou a necessidade de mecanismos financeiros que garantam um desenvolvimento mais equitativo entre as economias emergentes.
Por fim, o ministro reiterou que, na sua visão, as políticas adotadas pelo governo brasileiro estão garantindo crescimento econômico. "O ajuste fiscal que estamos fazendo não é recessivo, porque estamos garantindo uma taxa de crescimento de 3% a 4%, com uma inflação em declínio, mesmo tendo que aumentar a taxa de juros neste momento para convergir para as metas estabelecidas pelo Banco Central", concluiu.
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