PSD, de Gilberto Kassab, foi o recordista em prefeituras no primeiro turno. Seu partido possui alianças tanto com lulistas quanto com bolsonaristas. Foto: Elza Fiuza/ ABr
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O PSD será contemplado com três ministérios no novo governo Lula. Em reunião realizada nesta quarta-feira com o presidente eleito, o presidente do partido,
Gilberto Kassab, e os líderes do partido na Câmara e no Senado aceitaram as três pastas oferecidas pelo petista. Duas delas já eram dadas como certas - Minas e Energia e Agricultura -; a surpresa ficou por conta da terceira, o Ministério da Pesca.
O partido queria o Turismo, mas o ministério deve ser utilizado por Lula para
fechar com outra legenda aliada. Para a Pesca, o PSD indicou o deputado e ex-líder André de Paula (PE). Os senadores Carlos Fávaro (PSD-MT) e Alexandre Silveira (PSD-MG) devem ficar com Agricultura e Minas e Energia, respectivamente. Com isso, a sigla terá o
mesmo número de ministérios que o MDB.
A oferta do Ministério da Pesca frustrou a bancada na Câmara, que preferia uma pasta de maior peso e visibilidade política. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), postulava a nomeação do deputado
Pedro Paulo (PSD-RJ) para o Turismo. O nome dele, no entanto, enfrentou resistência dentro do PT por causa do histórico de oposição do parlamentar ao partido no estado.
Parlamentares do PSD atribuem à futura primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, o veto ao nome do deputado fluminense. Eles afirmam que pesou contra a indicação de
Pedro Paulo a acusação feita contra ele pela ex-esposa de violência doméstica. O inquérito foi arquivado pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal.