[caption id="attachment_96783" align="alignleft" width="285" caption="No escurinho da Esplanada, "Dilma" bota a imprensa no seu devido lugar "]

[fotografo]Divulgação[/fotografo][/caption]Era uma quarta-feira à noite, 25 de abril, céu limpo em Brasília. No interior do Museu da República, o prédio futurista do saudoso Oscar Niemeyer (1907-2012), estreava o filme
Pela primeira vez, de Ricardo Stuckert (o filme não "estreava pela primeira vez"; favor atentar para o itálico do título e ignorar o pleonasmo). Observador privilegiado, fotógrafo oficial dos dois mandatos de Lula, Stuckert resumiu em 32 minutos, com direito aos encantos em 3D, a transição para o governo Dilma Rousseff, com ênfase no último dia de Lula na Presidência e na passagem da faixa presidencial.
Eis que, diante do cenário intergaláctico à beira da Esplanada dos Ministérios, "Dilma do Chefe" dá uma saidinha da sala de exibição para tomar um vento, na área externa onde medalhões do jornalismo político bradavam contra a vida, barrados pelo cerimonial presidencial. A presidenta é calorenta. Queria sentir o ar da fresca seca de Brasília.
Sem tempo ou vocação para vociferar contra as circunstâncias, lá estava a reportagem do
Congresso em Foco a frustrar os planos presidenciais de privacidade em seu momento deleite de brisa. Com a voz mais grossa, rouca e grave que o normal, a presidenta não resistiu à delicada abordagem do repórter e seu "sofisticado" aparato de filmagem - um celular.
A presidenta parecia mesmo querer que aquela espécie de nave espacial de cimento projetada por Niemeyer, pousada estrategicamente a cerca de um quilômetro do Congresso, abduzisse algumas figuras que se refestelavam diante da tela, com direito a quitutes e salamaleques. Dilma estava era preocupada com a
CPI do Cachoeira, que nem havia definido ainda o relator dos trabalhos, missão depois conferida ao deputado mineiro
Odair Cunha (PT).
A reportagem procurou não aprofundar a conversa - "Dilma" dava sinais de que poderia dispensar ao repórter o mesmo tratamento que dá a certos ministros. Mas, surpreendentemente, ela sorriu, e até deu conselhos aos leitores deste
site. Embora sob a exigência de que as luzes da câmera fossem desligadas - ela não queria ver escancarados no filmete os vincos do rosto. Por isso, caros leitores, desculpem-nos pela escuridão presidencial.
E assistam a uma Dilma que não costuma dar bobeira assim, em frente a um museu público:
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Feito o registro, o repórter agradeceu pela atenção que o humorista do Pânico na Band!, Márvio Lúcio, o "Carioca", deu à desolada reportagem do
Congresso em Foco à porta do museu.
Não foi a primeira vez que o repórter se deparou com a pauta
palhaçada na política.
Ah, sim. Pedi que Carioca não entrasse em pânico: nossos leitores não vão confundi-lo com Lula. Ou melhor, com Dilma.
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