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Congresso em Foco
29/8/2017 | Atualizado às 15:41
<<Três de cada quatro juízes têm supersalário"O fato é que tal gratificação vinha sendo paga ilicitamente com base em texto editado pelo Tribunal de Justiça, no 'Código de Organização e Divisão Judiciárias do Estado do Acre'", alega Gilmar. A redação original do art. 326 da LC estadual 47/1995 diz que: "A Gratificação de Nível Superior devida aos servidores ocupantes de cargos de nível superior corresponderá a quarenta por cento do vencimento do cargo que estiverem exercendo". A redação, no entanto, foi modificada para incluir o trecho "inclusive a magistrados": "A Gratificação de Nível Superior devida aos servidores ocupantes de cargos de nível superior, inclusive aos magistrados, corresponderá a 40% (quarenta por cento) do vencimento do cargo que estiverem exercendo". Na decisão, Gilmar diz que a expressão "inclusive aos magistrados" não existe na legislação aprovada pelo Legislativo estadual e acatada pelo TJ do Acre.
<< Leia íntegra da decisão de Gilmar Mendes"Deputado da motoserra" A ação popular foi movida pelo ex-deputado federal Hildebrando Pascoal. Coronel da reserva da Polícia Militar, ele foi condenado por liderar o Esquadrão da Morte, um grupo de extermínio que atuou no Acre durante a década de 90. Devido à crueldade dos crimes praticados, com corpos decepados, ele passou a ser chamado de "deputado da motosserra". Hildebrando é acusado de esquartejar com uma motoserra, por vingança, Agilson Santos Firmino, conhecido por Baiano, após tomar conhecimento de que ele havia presenciado a morte de Itamar Pascoal, irmão do ex-deputado, em 30 de junho de 1996. O filho de Agilson que tinha 13 anos na época também foi sequestrado e morto. O corpo do adolescente foi encontrado queimado com ácido. Hildebrando foi condenado pela morte de Baiano em 2009. Ele cumpre pena em Rio Branco por tráfico, tentativa de homicídio e corrupção eleitoral. Todas as suas condenações somam mais de 100 anos. O ex-coronel da PM foi eleito deputado estadual pelo PFL em 1994. Quatro anos mais tarde, conquistou o cargo de deputado federal, mas cumpriu pouco menos de um ano de mandato. Após diversas denúncias contra Hildebrando Pascoal na Justiça do Acre, o Congresso formou uma comissão parlamentar de inquérito em abril de 1999, a chamada CPI do Narcotráfico. A CPI e o Ministério Público investigavam a existência de um grupo de extermínio no Acre, com a participação de policiais, comandado por Hildebrando Pascoal. Entre diversos crimes, ele também é acusado de participação no assassinato, em 1997, do soldado do Corpo de Bombeiros do Acre Sebastião Crispim, que era uma das testemunhas da Subcomissão Nacional de Direitos Humanos, criada para investigar a atuação do esquadrão da morte no Acre. Leia também:
<< Levantamento aponta 512 supersalários no Judiciário
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