Bivar e Bolsonaro[fotografo]Reprodução/Redes sociais[/fotografo]
O presidente
Jair Bolsonaro entrou nesta quarta-feira (30) com um representação na Procuradoria Geral da República (PGR) para que o presidente nacional do PSL,
Luciano Bivar, seja destituído do cargo e que o fundo partidário da sigla seja bloqueado.
Leia a íntegra da representação de Bolsonaro contra Bivar.
Os motivos alegados são que o partido não prestou contas do dinheiro recebido do fundo partidário. No documento, a defesa de Bolsonaro também considera insuficiente a
resposta de Bivar ao
pedido de transparência feito por Bolsonaro.
O
Congresso em Foco entrou em contato com
Luciano Bivar, sua assessoria de imprensa e a assessoria jurídica, mas não quiseram se manifestar.
No mesmo dia, mas antes da decisão de Bolsonaro ter se tornado pública, o presidente do PSL divulgou uma
nota negando que o partido não presta contas dos valores recebidos.
Eduardo (PSL-SP) e
Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filhos do presidente da República, e mais 20 deputados do PSL também assinaram o pedido elaborado pelos advogados Admar Gonzaga e Marcello de Paula.
Do outro lado,
Luciano Bivar conseguiu uma vitória nesta quarta-feira após decisão da Justiça Federal cassar liminar que impedia a
suspensão de 19 deputados aliados de Bolsonaro.
Bolsonaro vive uma crise interna com PSL, partido pelo qual foi eleito presidente da República em 2018 e ainda é filiado.
A
crise na sigla do presidente da República foi destacada pelo
Congresso em Foco em setembro, quando deputados revelaram ao
site que a situação dentro do partido era de racha e possível debandada.
O clima piorou no dia 8 de outubro, quando Bolsonaro disse para um seguidor esquecer da sigla. Desde então, troca de farpas estão acontecendo dos dois lados. Bolsonaro e seus aliados têm sido mais ferrenhos; do outro, o presidente do partido,
Luciano Bivar, e deputados que não fazem parte da ala mais bolsonarista.
Auxiliares do presidente Jair Bolsonaro afirmaram ao
Congresso em Foco que o
Patriota não é mais considerado uma opção caso o presidente saia do PSL.
O presidente nacional do Patriota,
Adilson Barroso, não aceitou o pedido de Jair Bolsonaro de mudar os membros do diretório nacional da sigla, à exemplo do que foi feito no PSL, quando
Gustavo Bebianno, na época próximo de Bolsonaro, comandou o partido de
Luciano Bivar durante o período eleitoral em 2018.
O Republicanos (ex-PRB) ainda é considerado uma alternativa caso o presidente da República decida desembarcar do PSL.
De acordo com aliados do presidente, a criação de um novo partido também é uma das possibilidades postas sobre a mesa.
Na segunda-feira (28), Bolsonaro disse em entrevista coletiva em Abu Dabi que pode criar uma nova legenda chamada de Partido da Defesa Nacional (PDC).
> Dinheiro, poder e intrigas: o que está por trás da crise entre Bolsonaro e o PSL
[caption id="attachment_401068" align="alignleft" width="640"]

Catarse[/caption]