Reviravolta com a retirada de Marcos Pereira na disputa pela Câmara não abalou a base de apoio a Elmar Nascimento em sua sigla. Foto: Agência Câmara
O líder do DEM na Câmara dos Deputados,
Elmar Nascimento (BA), afirmou ao
Congresso em Foco que não há espaço nesta semana para a Casa Legislativa aprovar o projeto de lei que muda o marco regulatório do saneamento básico.
"Não acredito, amanhã é sessão do Congresso", disse o deputado do DEM. Deputados e senadores vão se reunir na terça-feira (3) para analisar
vetos presidenciais e créditos suplementares. Para o representante da bancada de 27 deputados, essa análise vai demandar os trabalhos do Congresso Nacional de terça e quarta-feira (4).
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Há outros dois complicadores para a votação: a falta de acordo em torno do conteúdo do relatório e a forte resistência anunciada pela oposição.
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Na quarta-feira (27), o plenário da Câmara dos Deputados aprovou regime de urgência para a matéria, o que acelera a tramitação na Casa Legislativa.
O líder do PSD na Câmara, deputado André de Paula (PE), afirmou que no cenário mais otimista, o texto é votado na quarta-feira (4).
Ele declarou também que não é somente a sessão do Congresso o fator de atraso da votação. "Existem pequenos ajustes que podem e devem ser feitos isso daria mais tranquilidade na votação. Uma coisa é a urgência outra o mérito", disse.
O projeto de lei do saneamento básico é de autoria do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que participa das negociações sobre o texto. Na semana passado, o tucano se reuniu com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para avaliar a tramitação do projeto.
O PL já passou por
aprovação no Senado e na comissão especial da Câmara. O relator na comissão foi o deputado Geninho Zuliane (DEM-SP).
O projeto facilita os trâmites para empresas privadas entrarem no mercado de saneamento. Como o projeto de Tasso foi alterado pela comissão especial da Câmara, se aprovado em plenário, vai precisar de uma mais análise do Senado.
Uma das alterações do texto relatado (
íntegra) por Zuliano define prazo de um ano para a licitação obrigatória dos serviços de saneamento. Nesse tempo, as empresas estatais de água e esgoto poderão renovar os chamados contratos firmados sem licitação com os municípios. No entanto, novos contratos sem licitação não poderão ser firmados a partir da aprovação da lei.
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