Militares das três forças armadas alocados no GSI estiveram presentes no acampamento montado em frente ao quartel-general do Exército. Foto: Valter Campanato/ABr
Um relatório oficial do
Ministério da Justiça e Segurança pública aponta que ao menos oito militares da ativa, lotados na Presidência da República na gestão de
Jair Bolsonaro (PL), marcaram presença nos atos antidemocráticos no acampamento golpista em frente à sede do
Exército, em Brasília. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo.
Segundo a notícia, o documento foi feito durante a transição, com informações retiradas de conversas do WhatsApp. Os militares citados pertencem às três forças armadas. Estevão Soares, Thiago Cardoso, Marcos Chiele, Fernando Carneiro, Márcio Valverde e Ronaldo Ribeiro são vinculados à Marinha. Já Alexandre Nunes é pertencente ao Exército e o Sargento Azevedo a Aeronáutica.
Os envolvidos estavam alocados no
Gabinete de Segurança Institucional, órgão alvo de desconfiança do presidente
Lula. De acordo com as investigações, diversas trocas de mensagens, áudios, vídeos e fotos registraram que esses agentes participavam dos atos antidemocráticos em frente ao quartel do Exército. Segundo a Folha, pelo menos um dos militares expressava intenções violentas contra petistas.
Em entrevista ao jornal, os envolvidos confirmaram que foram ao acampamento, mas alegaram estar sem farda no momento. Eles negaram ter expressado sua posição política ou apoiado as manifestações golpistas. Dois deles foram dispensados do Planalto nessa quinta-feira.
A Folha questionou o Exército, a Secretária de Imprensa da Presidência da República e o Ministério da Defesa, mas não obteve resposta.