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O deputado estadual
Júlio Garcia (PSD), presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, conseguiu do Superior Tribunal Justiça (STJ) (
íntegra) foro privilegiado por ter sido membro do Tribunal de Contas catarinense. Garcia é investigado pela Operação Alcatraz por lavagem de dinheiro, corrupção e fraude em licitação. Com o foro, a apuração do caso sai da Justiça Federal.
O político do PSD conduz o processo de impeachment do atual governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), e de sua vice,
Daniela Reinehr, sem partido. Se afastados, quem assume a cadeira do governo é o deputado investigado.
Operação Alcatraz
Júlio Garcia, seus operadores financeiros, além de servidores públicos e empresários foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) pelos crimes de corrupção, peculato, fraude em licitação e contrato subsequente.
Segundo as investigações, o grupo fraudou o pregão 118/2016 da Secretaria de Estado de Administração, que tinha como objeto contratos de serviços telefônicos, serviços contínuos de suporte, manutenção e evoluções da plataforma tecnológica web. A empresa contratada terceirizava integralmente os serviços prestados para órgãos do governo estadual.
No início de outubro, durante a sessão legislativa, Júlio Garcia comentou sobre o caso em plenário. O deputado afirmou ser vítima de "exposição vexatória e gratuita". Disse ainda que acusação do MPF é "indevida e inconsequente"e que são "ilações". No final de setembro, a assessoria de Júlio Garcia afirmou que a denúncia do MPF protagoniza "mais um exemplo, no farto rol catarinense, de queima de reputações".
Impeachment
O impeachment do governador Carlos Moisés foi motivado por uma tentativa do governador de equiparar salários de procuradores do estado aos procuradores da Assembleia Legislativa - a manobra foi considerada ilegal por só poder ser feita por lei. As defesas do governador e da vice negam as acusações.
No último dia 17 de setembro, a Alesc aprovou a continuidade do processo de impeachment de
Carlos Moisés (PSL). Foram 33 votos a favor, seis contrários e uma abstenção. Após a votação, o processo seguiu para sua última etapa, o julgamento por uma comissão mista, composta de cinco parlamentares e cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
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