Especialista alerta que projeto na Câmara para facilitar acesso de agricultores à madeira cria brecha irreversível na fiscalização. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Após se opor a exportação ilegal de madeira, um analista do
Ministério do Meio Ambiente (MMA) foi demitido por
Ricardo Salles. Segundo nota publicada no Diário Oficial, o ministro substituiu o coordenador-geral para o monitoramento do uso da biodiversidade e comércio exterior, André Sócrates de Almeida Teixeira por Rafael Freire de Macêdo.
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Segundo mostra apuração da Reuters publicada pela Folha de S. Paulo, em março, a agência de notícias havia mostrado que o Brasil exportou milhares de carregamentos de madeira da Amazônia em 2019 sem a autorização
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Após tal descoberta, o presidente do Ibama anulou uma regra que exigia autorização para todos os carregamentos de madeira, o que contrariou Teixeira e o grupo por ele coordenado.
Segundo informações publicadas pela Reuters, fontes dentro do Ibama afirmaram que a demissão foi por retaliação a Teixeira, por se opor a exclusão das regras que impedem exportação de madeira ilegal.
Nenhum dos envolvidos comentaram o fato citado pela Folha, mas o Ibama afirmou que a troca faz parte da rotina e está dentro das regras.
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