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Congresso em Foco
13/05/2021 | Atualizado às 10h38
"Nós queremos votar e ter a certeza de que esse voto é confirmado da maneira com que a gente colocou", disse o deputado.
Apesar do projeto ser encampado por Bolsonaro, parlamentares da base do governo são céticos sobre o tema. Para Fábio Trad (PDS-MS) não há nenhum prejuízo em discutir a questão. "É urgente ouvirmos os especialistas para delimitarmos o alcance e as consequências do voto impresso". Para ele, a Câmara ganha ao ouvir "tribunais, ministros do TSE, juristas, especialistas em tecnologia, enfim, a sociedade".
Já o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), afirmou confiar na urna eletrônica. "Não há nenhum indício sequer de problemas. Mas sou a favor que qualquer tema seja debatido, até os que sou contra, como esse".
Deputados de oposição dizem que a defesa de Bolsonaro ao voto impresso tem tom golpista e que o chefe do Executivo tenta criar fatos políticos para desviar a atenção da CPI da Covid. O deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ) afirmou que o "voto impresso é ótimo para a milícia".
Não há comprovação de que as urnas eletrônicas apresentem problemas na validação dos votos. Hoje a tecnologia completa 25 anos. O presidente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que "o Brasil tem muitos problemas que o processo democrático e a democracia ajudam a enfrentar e resolver, mas um desses problemas não é a urna eletrônica, que até aqui tem sido parte da solução, assegurando um sistema íntegro e que tem permitido a alternância de poder sem que jamais se tenha questionado de maneira documentada e efetiva a manifestação da vontade popular".
Thaís Rodrigues é repórter do Programa de Diversidade nas Redações realizado pela Énois - Laboratório de Jornalismo, com o apoio do Google News Initiative.
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