O governo entrega ao Congresso a primeira parte da reforma tributária [fotografo] Flávia Said [/fotografo].
Líderes partidários consultados pelo
Congresso em Foco não acreditam que uma
reforma tributária será aprovada ainda em 2020 pelo Congresso. Na semana passada, a senadora
Simone Tebet (MDB-MS), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), externou a visão que a
medida econômica não vai avançar neste ano.
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A tendência é que os partidos foquem nos próximos meses nas eleições municipais. Nesta segunda-feira (31) começou o período de
convenções partidárias, que vai definir os candidatos a prefeito e vereador até o dia 16.
"Querem votar na pressa um relatório na comissão especial e mandar para a Câmara, mas lá já vai travar. O
governo nem mandou sua
segunda parte, as duas PECs principais aumentam carga tributária e tiram o ISS que é o imposto que mais cresce no Brasil dos municípios, não anda mesmo em ano eleitoral", disse o senador
Major Olimpio (SP), líder do PSL.
O líder do Solidariedade na Câmara, deputado
Zé Silva (MG), afirmou que as eleições municipais não vão exercer grande influência no calendário do Congresso, mas disse que mesmo assim o debate sobre o tema não está maduro para que a reforma seja votada até o final do ano.
"As convenções na minha avaliação não prejudicam as votações, mas não vejo que a reforma tributária foi debatida o quanto necessita.... Com isto acho difícil votar este ano os dois turnos nas duas casas", declarou.
O líder da minoria na Câmara,
José Guimarães (PT-CE), considera "muito difícil" que a reforma seja aprovada neste ano.
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