Discurso de Felipe Neto foi excluído de vídeo e registros de áudio de simpósio da Câmara onde se referiu a Arthur Lira como "excrementíssimo" Foto: Reprodução/Instagram
O deputado
José Medeiros (Podemos-MT) pediu que a
Polícia Federal investigue a deputada
Sâmia Bomfim (Psol-SP), o deputado
Glauber Braga (Psol-RJ), o youtuber Felipe Neto e o candidato a prefeito de São Paulo
Guilherme Boulos com base na lei de segurança nacional pela participação e apoio ao ato denominando "
Antifa", que aconteceu no dia 31 de maio deste ano. O pedido de investigação foi protocolado no dia 1 de junho, mas só agora os nomes de todos os citados por Medeiros foram revelados.
Leia a íntegra aqui.
De acordo com o pedido do deputado, o ato que ocorreu na Avenida Paulista foi violento. Segundo ele, os Antifas "iniciaram confrontos com os manifestantes pró-governo, agrediram cidadãos, depredaram patrimônio público, entraram em confronto com policiais e os agrediram, protagonizando cenas de barbárie na capital paulista".
Segundo o pedido de investigação, "tais cenas foram aterrorizantes e demonstram a vontade desse grupo em promover processos violentos para alteração da ordem política social" e isso "fere claramente a lei de segurança nacional em seu art. 23.".
Para José Medeiros, a participação dos parlamentares no ato "é impensável" e "não bastasse a violência", o evento foi exaltado e comemorado pelo youtuber
Felipe Neto e pelo candidato
Guilherme Boulos.
Já é a segunda vez que o deputado pede a investigação de
Guilherme Boulos. Em abril, além de Boulos, o deputado pediu que a PF a investigasse o jornalista Ricardo Noblat e o deputado
Túlio Gadelha (PDT-PE). Ele também justificou o pedido com base na lei de segurança nacional, por acreditar que as atividades dos três configuravam em "ameaças, incitações e insinuações de violência contra o chefe do executivo"
Confira o documento.
Segundo José Medeiros, Noblat postou em seu twitter a frase, "Do jeito que vão as coisas, cuide-se Bolsonaro para que não apareça outro louco como o Adélio". Já o deputado Túlio Gadelha, " curtiu o comentário de uma seguidora que sugeria dar uma facada verídica no presidente da República", e
Guilherme Boulos postou em seu twitter a frase, "um lembrete para Bolsonaro: a dinastia de Luís XIV terminou na guilhotina...."
O três deputados alvos de pedido de investigação informaram ao
Congresso em Foco que estavam cientes da ação de José Medeiros, mas que ainda não foram notificados pela Polícia Federal. A deputada Sâmia Bomfim classificou a ação do parlamentar como "tentativa de intimidação", e disse que vai continuar participando de manifestações. "Vamos seguir denunciando o governo e construindo a luta antifacista", disse.
Para o deputado
Glauber Braga, a ação do deputado é em busca de "manchetes". "Ele não consegue construir nada que seja positivo, é uma ação intimidatória, algo que consiga garantir algumas manchetes para ele se apresentar como um adulador de
Bolsonaro", concluiu.
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