O general Eduardo Pazuello, foi o braço direito do presidente Bolsonaro na pandemia de covid-19. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
O relator da CPI da Covid, senador
Renan Calheiros (MDB-AL), disse que a reconvocação do ex-ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, tem o objetivo de impedir que ele volte a repetir atos contra medidas sanitárias.
"Esta convocação tem um efeito pedagógico também. É para dizer a este maluco que pare, não continue a delinquir, a aglomerar pessoas, porque isso tem acontecido em detrimento da morte de milhares de brasileiros, e não pode continuar acontecer", disse o parlamentar durante a coletiva, após a reunião da CPI, nesta quinta (27).
Calheiros também definiu as atitudes do ex-ministro como "um desrespeito à instalação da própria comissão parlamentar de inquérito."
O general da ativa é muito próximo ao presidente
Jair Bolsonaro e tem aparecido repetidas vezes sem máscara em público, contrariando as medidas sanitárias em vigor em todo o país. Dias depois de prestar depoimento na própria CPI da Covid, o general protagonizou um ato duplamente controverso: Pazuello subiu em um trio elétrico com o presidente Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro. Além de causar aglomerações de milhares de pessoas, o general participou de ato político, o que é proibido pelo regimento das Forças Armadas e poderá render-lhe uma punição.
Antes disso,
Pazuello foi flagrado andando sem máscara em um shopping em Manaus.
O ex-ministro Pazuello, assim como o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, devem ser os primeiros ouvidos em uma segunda rodada de oitivas da CPI.
Nesta semana, o senador
Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou um pedido de convocação do presidente da República, mas ela ainda não foi votada.
> Primeira oferta de vacinas ao governo foi em 30 de julho, diz Dimas Covas
> Oposição convoca atos de protesto contra Bolsonaro em 85 cidades
