Em depoimento à
CPI da Covid, nesta terça (1º), a médica
Nise Yamaguchi negou as acusações de que teria sido a autora de uma minuta de mudanças na bula da cloroquina para que o medicamento pudesse ser receitado no país no tratamento da covid-19.
A oncologista afirmou que, em abril do ano passado, participou de reunião no Palácio do Planalto na qual foi debatido o uso de medicamentos ainda sem comprovação de eficácia contra o novo coronavírus. Porém, Nise reiterou que não defendeu nem tratou de nenhuma mudança na bula da cloroquina.
Aos senadores, a médica apresentou cópias de uma troca de mensagens por WhatsApp entre ela e o médico Luciano Dias Azevedo, também defensor do tratamento precoce.
O documento com as mensagens foi registrado em cartório por Nise e, segundo ela, mostra minuta de resolução que estaria em discussão pelo governo federal para permitir a disponibilização da rede pública de saúde de medicamentos como a cloroquina.
Veja na íntegra:
A informação de que a médica estava na reunião para mudança da bula da cloroquina foi dada pelos ex-ministro da Saúde
Luiz Henrique Mandetta e pelo diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),
Antonio Barra Torres, em depoimento à CPI .
Na minuta, estão descritos que o tratamento precoce contra a covid-19 deveria ser acordado entre paciente e médico. As dosagens da medicação também estavam disponíveis no documento. "Era um rascunho de como poderia ser a disponibilização de uma medicação que estava em falta", explicou Nise.
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