Flordelis é acusada de ter participado da morte do marido, ocorrida em 2019 [fotografo] Fernando Frazão / Agência Brasil [/fotografo]
Mais de quatro meses após o corregedor da Câmara,
Paulo Bengtson (PTB-PA), decidir pelo andamento do caso da deputada
Flordelis (PSD-RJ) no Conselho de Ética da Casa, a representação por quebra de decoro pela parlamentar foi enviada pela Mesa Diretora ao colegiado e está na
pauta da sessão desta terça-feira (23).
Flordelis é acusada de assassinar o marido, o pastor
Anderson do Carmo. O crime ocorreu na casa da família e teria o envolvimento de alguns dos 55 filhos biológicos e adotivos da parlamentar. No ano passado, ela não foi presa por ter foro privilegiado.
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Em 2020 não houve reunião do Conselho por causa da pandemia. Na avaliação de Bengtson, a situação da deputada já esteve mais crítica.
"A filha assumiu o crime, em depoimento à Justiça, e diz que mandou as mensagens. Isso gera dúvida nos parlamentares. A partir disso pode ter mudado um pouco o entendimento de alguns parlamentares. Ela tem se manifestado nas redes sociais e tem tido maior adesão nos últimos dias, depois do depoimento da filha. Vamos aguardar a apuração do caso", disse ao
Congresso em Foco na semana passada.
Na pauta desta terça, das dez representações pautadas, o
caso de Flordelis é o único que não envolve parlamentares do PSL. Entre eles há duas representações contra o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), preso em flagrante na semana passada
por publicar vídeo atacando ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e fazendo apologia ao AI-5, o ato mais perverso da ditadura militar.
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