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Congresso em Foco
04/11/2020 | Atualizado às 18h07
A prorrogação da desoneração por um ano foi incluída pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) em seu relatório da medida provisória que autorizou cortes de jornadas e salários. Pela iniciativa do presidente Jair Bolsonaro de vetar a matéria, o incentivo fiscal acabaria no próximo dia 31 de dezembro. Após perceber que não havia maioria pela manutenção do veto, o governo construiu um acordo e orientou pela derrubada na sessão desta quarta. O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), foi o responsável pela articulação do acordo. A desoneração na folha de pagamento de funcionários é uma maneira do poder público incentivar o emprego, pois diminui a carga tributária paga pelo empregador e torna menos custoso o processo de contratação. As empresas podem escolher pagar um percentual que varia de 1% a 4,5% de sua receita bruta como contribuição previdenciária, em vez de calcular o valor sobre 20% da folha de salários. Essa política de desoneração foi iniciada no segundo governo Dilma Rousseff (PT), e vinha sido desidratada desde a gestão Michel Temer (MDB). O lobby dos setores foi fundamental para manter a desoneração, dado que eles empregam mais de 6 milhões de trabalhadores e alegaram que o incentivo é fundamental para manter o emprego no pós-pandemia. A medida representa um custo fiscal para o governo porque diminui a arrecadação de impostos. O governo ensaiou a criação de um novo imposto nos moldes da extinta CPMF para compensar a desoneração, mas a discussão do imposto enfrenta resistência no Congresso. Com isso, ainda não foi encontrada uma saída para compensar o impacto da desoneração no orçamento de 2021. > Cadastre-se e acesse de graça, por 30 dias, o melhor conteúdo político premium do paísO Congresso Nacional mostra mais uma vez que está ao lado do povo brasileiro. O Brasil está perdendo muitas vidas na pandemia, e não pode perder empregos. O emprego é fundamental para o crescimento econômico, ainda mais em um momento conturbado e triste que estamos vivendo.
- Davi Alcolumbre (@davialcolumbre) November 4, 2020
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