Presidente Jair Bolsonaro [fotografo] Marcelo Camargo / Agência Brasil [/fotografo]
O
Congresso em Foco ouviu deputados federais de três partidos do chamado
Centrão - grupo que reúne Solidariedade, Republicanos, PL, DEM, PSD e MDB - que se mostraram otimistas com o compromisso do governo de honrar o pagamento de emendas.
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A Ideia é que seja aprovado até semana que vem pelo Congresso Nacional um crédito suplementar de R$ 2 bilhões para dar espaço no orçamento para o pagamento de emendas para as bases dos deputados nos estados e municípios.
"Um governo que não cumpre acordos, não tem credibilidade. Não estou falando do presidente Jair Bolsonaro, mas da instituição governo federal", disse um deputado que preferiu manter o anonimato.
A insatisfação são de verbas parlamentares prometidas pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, antes da votação da reforma da Previdência. Nesta época, Onyx era o responsável pela articulação política do governo, tarefa que agora cabe ao ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos.
"O ministro Ramos tem percebido isso [insatisfação do Legislativo] e levado essa percepção ao governo. Ele está se desdobrando para resolver", disse um congressista do Centrão.
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Foi iniciativa do ministro da Secretaria de Governo uma reunião do presidente Jair Bolsonaro com os deputados
Paulinho da Força (SP), presidente do Solidariedade, e
Elmar Nascimento (BA), líder do DEM, na semana passada para tratar da insatisfação com o grupo do Legislativo.
A percepção é que o ministro Onyx prometeu mais recursos do que tinha capacidade de cumprir e agora o general Ramos está com dificuldades para quitar as promessas.
"Muita mais vale um não, mas com uma boa justificativa, do que um sim, que depois não é cumprido", disse uma das fontes ouvidas pelo
Congresso em Foco.
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