Inelegível por 8 anos, o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) viajou para fora do Brasil. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
O Partido dos Trabalhadores (PT) entrará com denúncia de notícia-crime (conhecimento de autoria de um ato criminoso) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra os
procuradores da Lava Jato. A ação se dará com base na notícia divulgada pelo portal UOL nesta sexta-feira (27).
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Segundo a reportagem, entre 2015 e 2017, a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, utilizou de contatos informais com autoridades da Suíça e de Mônaco para obter provas ilícitas com o objetivo de prender alvos considerados prioritários, como executivos de empreiteiras.
A matéria faz parte da série conhecida como Vaza Jato, que tem exposto conversas entre os procuradores do Ministério Público Federal (MPF), Juiz
Sergio Moro e outros atores envolvidos na Operação Lava Jato.
Segundo o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta, além da Suíça, os procuradores, com o amparo do então juiz
Sergio Moro, atuaram de maneira ilegal também com integrantes do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Pimenta afirma que um dos objetivos das ações judiciais a serem protocoladas na próxima semana, é impedir que Dallagnol e outros procuradores apaguem de seus computadores provas dos suposos crimes cometidos, como e-mails e mensagens trocadas com seus colegas da Suíça e dos EUA. "São medidas cautelares para impedir que essa organização criminosa que atua em Curitiba destrua provas e manipule testemunhas, e Dallagnol precisa ser afastado do cargo", destacou o líder do PT.
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