A última tentativa de contato por parte de Barroso ocorreu em dezembro. Ele enviou um ofício ao diretor executivo do Telegram, Pavel Dorov, no qual pedia uma reunião para discutir cooperação no combate às fake news durante as eleições deste ano. Não houve resposta. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso deu, nesta quinta-feira (1), prazo de 15 dias para que o presidente Jair Bolsonaro se explique sobbre
declaração contra o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz. Leia a
íntegra.
Na segunda-feira (29), Bolsonaro afirmou que poderia explicar a Felipe Santa Cruz como o pai dele desapareceu durante a ditadura militar (1964-1985). Ele reclamava da atuação do advogado na investigação do caso de Adélio Bispo, autor da facada em Bolsonaro durante a campanha eleitoral do ano passado.
Segundo Bolsonaro, o presidente da OAB "não vai querer saber a verdade" sobre o pai. Ele disse que Fernando Santa Cruz foi morto por companheiros da Ação Popular (AP), organização de esquerda na qual ele militava e classificada pelo presidente como "grupo terrorista".
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Santa Cruz, ingressou, na quarta-feira (29), com interpelação para que Bolsonaro esclareça as declarações sobre a morte do seu pai, Fernando Augusto Santa Cruz, desaparecido durante a ditadura militar. O pedido é assinado por doze ex-presidentes da entidade.
O ministro Barroso foi sorteado relator da solicitação.
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