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Congresso em Foco
29/06/2018 | Atualizado às 23h04
Os advogados argumentaram que Fachin atentou contra o "princípio do juiz natural", em que o acusado tem o direito de ser julgado pelo juízo/colegiado competente. Alexandre de Moraes considerou descabida a alegação e, consequentemente, impediu que Lula pudesse esperar em liberdade a análise de seus recursos em tribunais superiores.
"Inexistiu qualquer violação em relação ao juízo original", escreveu o ministro, em despacho de sete páginas, explicando que a questão é competência do STF, e não de exame exclusivo em Turmas ou plenário.
"O plenário do Supremo Tribunal Federal torna-se o Juízo Natural para a realização do Devido Processo Legal das questões afetadas, seja pelo próprio Ministro relator, seja por uma das Turmas; com, obviamente, toda independência e imparcialidade necessárias para a decisão", acrescentou o magistrado.
Preso por tríplex O petista está condenado a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é acusado de ter recebido um apartamento da OAS - o tríplex do Guarujá, que foi a leilão -, além de reformas, em troca de favorecimento em contrato para a empreiteira na Petrobras. A defesa nega e diz que o imóvel jamais pertenceu ao ex-presidente e que ele nunca interveio em favor da empresa. Desde que Lula foi preso, o PT vinha insistindo na sua candidatura à Presidência da República, mesmo sob ameaça de enquadramento na Ficha Lima e, consequentemente, indeferimento de inscrição na corrida eleitoral. Correligionários e aliados do petista têm repetido, como já faziam antes da condenação, que o ex-presidente sofria perseguição judicial e midiática que visou sua retirada das eleições deste ano. Líder nas pesquisas de intenção de voto, Lula foi oficialmente apresentado como pré-candidato em 8 de junho. Segundo essa versão, Moro agiu a serviço de determinado grupo político, de viés neoliberal, e não apresentou provas que demonstrassem a culpa do petista. A acusação encontrou eco em juristas brasileiros e estrangeiros, bem como em parte da imprensa internacional - até um livro com 103 textos assinado por 122 juristas, intitulado Comentários a uma Sentença Anunciada: o Processo Lula, foi publicado para tentar demonstrar a ilegalidade da sentença. Tanto o Ministério Público quanto Moro, por outro lado, dizem que o conjunto probatório que pesa contra Lula é mais do que suficiente para condená-lo.Julgamento da libertação de Lula é adiado para o segundo semestre
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