Cidadãos de todo o país vão às ruas pelo impeachment do presidente Bolsonaro neste sábado (19)[fotografo]Coalizão Negra por Direitos[/fotografo]
Partidos políticos, parlamentares, sindicatos e entidades estudantis vão às ruas neste sábado (2) para um novo protesto contra o governo de
Jair Bolsonaro. A expectativa é de que este seja o ato com maior diversidade ideológica partidária desde o início do mandato de Bolsonaro. São esperados militantes e integrantes de siglas que vão do espectro mais à esquerda como o o PT, do ex-presidentes
Lula e
Dilma Rousseff, e o PSOL, de Guilherme Boulous, até a direita dos ex-ferrenhos aliados do governo, isto é, o PSL.
Até a tarde desta sexta (1) havia confirmação de integrantes DEM, PSL, MDB, MBL, Cidadania, Podemos, Solidariedade, PSDB, PL e Novo no evento. De acordo com os organizadores, a participação dos partidos fora da esquerdas é considerado um avanço. Os deputados
Júnior Bozzella (PSL-SP),
José Nelto (Podemos-GO) e
Fábio Trad (PSD-MS), por exemplo, confirmaram ao Congresso em Foco que estarão nas ruas.
Da mesma forma, estão certos os líderes da minoria na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ),
Bohn Gass (PT-RS), Marcelo Freixo (PSB-RJ),
Talíria Petrone (Psol-RJ) confirmaram presença nos protestos.
De olho em 2022 também são aguardados nos atos deste sábado Ciro Gomes (PDT),
Guilherme Boulos (Psol) e Fernando Haddad (PT) que devem discursar nos trios da Avenida Paulista, no ato em São Paulo.
Procurados pelo
Congresso em Foco,
Simone Tebet (MDB-MT) e
Alessandro Vieira (Cidadania-SE), recém lançados pré-candidatos à presidência, ainda não confirmaram presença.
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Enquanto isso, na lista divulgada pela Campanha Nacional Fora Bolsonaro já constam os nomes dos senadores da CPI,
Randolfe Rodrigues (Rede) e
Eliziane Gama (Cidadania), a deputada
Tabata Amaral (PSB) e Carlos Lupi (PDT), presidente da sigla, além de
Gleisi Hoffmann (PT), Juliano Medeiros (PSOL),
Orlando Silva (PC do B) e Manuela D'Ávila (PC do B).
Entre as entidades confirmadas estão a Central de Movimentos Populares, UNE, MST, MTST, Coalizão Negra por Direitos, Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, movimento Acredito, entre outras.
Os sindicatos da CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, CSP-Conlutas, Intersindical Central da Classe Trabalhadora, Intersindical Instrumento de Luta e Pública também deverão comparecer aos atos.
Os atos são organizados pela Campanha Nacional Fora Bolsonaro e há confirmação de manifestações presenciais em ao menos 251 cidades brasileiras, além de ações em 16 países. Desde o início deste ano, o Brasil já registrou ao menos cinco grandes protestos.
As pautas abordadas nas manifestações seguirão a mesma linha dos últimos protestos, isto é, o pedido pelo impeachment de Bolsonaro. Endossam o coro das reinvidicações questões econômicas, incluindo a cobrança por mais políticas de mais emprego e melhoria de renda, combate à fome, combate à corrupção e punição diante das denúncias de omissão do governo durante a pandemia.
União partidária
Parlamentares e presidentes dos partidos que integram a bancada da Minoria na Câmara - PT, PDT, PSB, Psol, PCdoB e Rede - se reuniram em 15 de setembro com dirigentes do PV, Cidadania e Solidariedade para a formação de um comitê pró-impeachment.
O grupo decidiu pela convocação conjunta do ato Fora Bolsonaro, neste sábado (2). A expectativa é que a adesão dos atos se espalhe por governadores e prefeitos em defesa da Constituição, da vida e do meio ambiente e o combate à fome, inflação e desemprego.
Líder da Minoria na Câmara,
Marcelo Freixo (PSB-RJ), avaliou que a unidade remete ao espírito do movimento Diretas Já. "Precisamos ir para as ruas, o governo Bolsonaro é uma ameaça à democracia. É nesse sentido que vários líderes políticos, de diversos partidos, estão convocando para o ato do dia 2. O Diretas Já foi o movimento que garantiu a nossa democracia e que agora a gente precisa lutar para manter", disse.
Movimento nas redes sociais
Nesta sexta (1º), as redes sociais foram tomadas pela mobilização dos participantes das manifestações. No twitter, a hastag #2OutForaBolsonaro permaneceu dos destaques dos sites.
Com memes e política, parlamentares e ativistas convidaram os usuários da rede a participarem do movimento e divulgaram listas de cidades e horários onde devem acontecer os atos.
Veja:
> Oposição e centro criam comitê pró-impeachment e unificam atos contra Bolsonaro
> Organizadores definem nesta segunda detalhes de manifestação contra Bolsonaro
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