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Congresso em Foco
17/01/2020 | Atualizado às 15h55
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou em nota, que, sendo o primeiro presidente judeu do Congresso, repudia a atitude. Ele também cobrou a demissão do Alvim. "É totalmente inadmissível, nos tempos atuais, termos representantes com esse tipo de pensamento. E, pior ainda: que se valha do cargo que eventualmente ocupa para explicitar simpatia pela ideologia nazista e, absurdo dos absurdos, repita ideias do ministro da Informação e Propaganda de Adolf Hitler, que infligiu o maior flagelo à humanidade", afirmou Davi Alcolumbre. Presidente do STF "Há de se repudiar com toda a veemência a inaceitável agressão que representa a postagem feita pelo secretário de Cultura. É uma ofensa ao povo brasileiro, em especial à comunidade e judaica", defendeu Dias Toffoli. Procurador-Geral da República "A única ideologia política admissível no Brasil é a democracia participativa que tem como princípio fundante a liberdade de expressão. Ideias nazifascistas são totalitárias e destroem a democracia, daí por que, nesta excepcionalidade, a liberdade de expressão pode ser relativizada, consoante o paradoxo da tolerância de Karl Popper", afirmou Augusto Aras. Grupos Israelitas A Conib e a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) também se pronunciaram. A Conib taxou como "inaceitável" e um "sinal assustador" as referências ao nazismo feitas pelo secretário Alvim. "Goebbels foi um dos principais líderes do regime nazista, que empregou a propaganda e a cultura para deturpar corações e mentes dos alemães e dos aliados nazistas a ponto de cometerem o Holocausto, o extermínio de 6 milhões de judeus na Europa, entre tantas outras vítimas. O Brasil, que enviou bravos soldados para combater o nazismo em solo europeu, não merece isso. Uma pessoa com esse pensamento não pode comandar a cultura do nosso país e deve ser afastada do cargo imediatamente", afirmou. Já a Fisesp disse em nota que "o uso de discurso nazista é inadímissível. Jamais ficaremos calados e rejeitamos a banalização de um episódio trágico para a Humanidade, responsável pelo Holocausto, com a morte de 6 milhões de judeus, e o assassinato de dezenas de milhões de outros inocentes, como ciganos, negros, homossexuais, comunistas, entre outros". Embaixada da AlemanhaO secretário da Cultura passou de todos os limites. É inaceitável. O governo brasileiro deveria afastá-lo urgente do cargo. https://t.co/k9sb6QX6iG
- Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) January 17, 2020
- AlemanhanoBrasil (@Alemanha_BR) January 17, 2020Frente Parlamentar Amizade Brasil-Israel A frente publicou uma nota repudiando a postura do secretário de cultura e defendendo a sua demissão do cargo. Confira um trecho do documento: "Inadvertidamente ou consciente dos seus atos, Alvim ainda acusou a 'esquerda' ao afirmar que essa 'associação remota' é uma 'falácia', e que trata-se apenas de uma 'coincidência retórica'. Tornou-se lugar-comum acusar a esquerda dos atos espúrios cometidos por quem quer que seja, dentro do governo ou fora dele. Nessa disputa estúpida de discursos vazios, ausente de razoabilidade, quem perde é o povo brasileiro. O nazismo com todo seu mal nunca deve ser esquecido não para ser celebrado, mas para nunca mais ser praticado no mundo. Alvim deve ser demitido." Oposição O líder da Oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), afirmou que vai apresentar um requerimento de convocação para que o ministro da Cidadania, Osmar Terra, e o ex-secretário nacional da cultura, Roberto Alvim, prestem esclarecimentos. Molon também irá representar à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, para que medidas judiciais sejam tomadas. A bancada do Psol na Câmara e o líder da Oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), também vão representar contra Alvim no Ministério Público Federal. > Alvim vai responder na Justiça, promete oposição Outros parlamentares e partidos Outros parlamentares também repudiaram a fala de Roberto Alvim nas redes sociais, desde os parlamentares de esquerda e do centrão até vozes da direita. Entre eles, Ivan Valente (Psol-SP), David Miranda (PSOL-RJ), Maria do Rosário (PT-RS), Marcelo Ramos (PL-AM) e Marcel van Hattem (Novo-RS). Veja o depoimento de algumas lideranças partidárias: "É inadmissível, repugnante e patológica a atitude do secretário especial da Cultura, Roberto Alvim, de copiar o discurso de um nazista. Além disso, ao ressaltar que a arte brasileira será profundamente vinculada às aspirações urgentes do povo, ele a descaracteriza como uma manifestação da criação e da liberdade para transformá-la em um instrumento pró-ditadura. É inconcebível que o governo mantenha no cargo alguém que se inspire em uma ideologia que foi responsável por uma das maiores barbáries contra a humanidade e condenada em todo o mundo. O mínimo que se espera é sua imediata demissão", afirmou o deputado Carlos Sampaio, líder do PSDB. "Assisti com preocupação o vídeo no qual o min. Roberto Alvim se atém a retóricas nazistas. Postura inaceitável e que repudio. Ao Estado cabe dar subsídios para o desenvolvimento da cultura, apoiando e respeitando a pluralidade e jamais sob linhas autoritárias ou totalitaristas", disse o deputado Augusto Coutinho (PE), líder do Solidariedade. PSL O antigo partido do presidente Jair Bolsonaro, o PSL também se manifestou contra as falas de Roberto Alvim. Confira a nota enviada pela executiva nacional da legenda, que é comandada por Luciano Bivar: "O Partido Social Liberal (PSL) vem, por meio desta, repudiar a manifestação do Secretário Especial de Cultura, Roberto Alvim, pela postura e declarações referenciando a ditadura nazista na Alemanha. Esse foi um dos períodos mais nefastos na nossa história, responsável pelo holocausto que culminou na morte de cerca de 6 milhões de judeus além do assassinato de dezenas de milhões de outros inocentes como negros, homossexuais, entre outros. É inadmissível aceitar tal posicionamento partindo de um representante de um país democrático como o Brasil. Não se posicionar contra tal absurdo é o mesmo que consentir e apoiar praticas nazistas." >Alvim nega associação com o nazismo: "Coincidência retórica"
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