Roberto Jefferson, ex-deputado condenado por corrupção e aliado de Jair Bolsonaro [fotografo] Reprodução / Twitter [/fotografo]
Mais novo aliado de
Jair Bolsonaro,
Roberto Jefferson publicou uma foto em seu Twitter com um fuzil na mão. O ex-deputado afirma que está se preparando p
ara "combater o bom combate. Contra o comunismo, contra a ditadura, contra a tirania, contra os traidores, contra os vendilhões da Pátria. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos", publicou.
Jefferson também se mostrou favorável à expulsão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e da perseguição à imprensa. "Bolsonaro, para atender o povo e tomar as rédeas do governo, precisa de duas atitudes inadiáveis: demitir e substituir os 11 ministros do STF, herança maldita. Precisa cassar, agora, todas as concessões de rádio e TV das empresas concessionárias GLOBO. Se não fizer, cai", publicou.
Para o advogado Joelson Dias, as palavras de Jefferson atacam a democracia. "É muito triste constatar que, precisando tanto de sua experiência e esforços para nos ajudar a enfrentar a covid-19 e os graves desafios socioeconômicos que essa crise de saúde também nos impõe, necessitando tanto de sua responsabilidade cívica, para, de algum modo, aliviar essa tensão política que só nos divide mais e mais enquanto comunidade, algumas de nossas autoridades públicas, justamente nesse momento mais crítico, tenham resolvido gastar toda a sua energia e tempo para apostarem na desestabilização do regime político democrático", firmou o advogado para o
Congresso em Foco.
"Com certeza, a resposta está em mais, e não menos democracia, está no pleno funcionamento constitucional das próprias instituições que tanto contestam, como o Supremo e o Parlamento, que, a tempo e modo devido, indubitavelmente, agirão contra os atos antidemocráticos e de apologia a crimes, mas, sempre, com a moderação e o equilíbrio que tais momentos históricos exigem", concluiu
Jefferson, que se tornou persona próxima ao presidente Bolsonaro, foi delator do mensalão, corrupto confesso e condenado por isso, teve seu mandato cassado. A publicação do ex-deputado é feita em um momento de
escalada das tensões em Brasília.
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