O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).[fotografo]Alan Santos/PR[/fotografo]
O líder do governo na Câmara,
Ricardo Barros (PP-PR), disse nesta quarta-feira (11) que, passadas as eleições municipais, a pauta de votações no Câmara deve ser retomada. "A base do governo, o líder
Arthur Lira (PP-AL) [do Centrão] já disse que topa votar de segunda a sexta-feira, todo dia, até o recesso parlamentar", declarou Barros na saída do Palácio do Planalto, onde se reuniu com o presidente
Jair Bolsonaro.
Por motivos diferentes, Centrão - bloco de centro e direita que apoia o governo - e oposição têm
agido para que não haja avanço nos trabalhos legislativos. Enquanto os partidos do Centrão travam uma disputa pelo comando da Comissão Mista de Orçamento (CMO), a oposição pressiona pela votação da medida provisória do auxílio emergencial e fazer com que o valor dele deixe de ser R$ 300 e volte aos R$ 600.
Vermelho-e-nao-veta-moro/">
> Roberto Freire: Cidadania espera Huck com tapete Vermelho e não veta Moro
Barros lembrou que há na pauta da Câmara o
PL da BR do Mar (cabotagem), que tranca as votações, além dos projetos de superávit de fundos do governo, renegociação de dívidas dos estados, de
autonomia do Banco Central e da Casa Verde e Amarela.
O líder também pontuou que a regulamentação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (
Fundeb) precisa ser votada este ano. "Nós estamos fazendo um esforço muito grande para votar. Se não votar, teremos que editar uma medida provisória porque, se não, o Fundeb não tem aplicabilidade para o próximo exercício", explicou.
Segundo Barros, a ideia é votar essas matérias nas próximas duas semanas. "Negociaremos com o presidente Rodrigo Maia, que já conhece todas essas matérias, e vamos ver se conseguimos, durante essas próximas duas semanas, votar essas matérias para, em seguida, entrarmos nas reformas", disse Barros.
Renda Cidadã e CMO
Sobre o
Renda Cidadã, expansão do Bolsa Família, Barros disse que a votação, via PEC emergencial, ainda requer um acordo para início da sua votação. A PEC em questão começa a tramitação pelo Senado e está sob relatoria do senador
Márcio Bittar (MDB-AC). "Me parece que vai ser após o segundo turno", disse Barros. O primeiro turno das eleições municipais vai ocorrer no dia 15 de novembro e o segundo, onde houve, no último domingo do mês (29).
A respeito da instalação da Comissão Mista de Orçamento (CMO), o líder disse que "o governo aguarda que os partidos da base se entendam". E completou: "Nós não vamos tomar lado entre aliados".
O Centrão, liderado por
Arthur Lira (PP-AL), correligionário de Barros, pressiona pela escolha da deputada
Flávia Arruda (PL-DF) para presidir a CMO. O grupo do presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), resiste e afirma que foi firmado um acordo para o presidente ser o deputado
Elmar Nascimento (DEM-BA).
> Puxadas por "partido da Universal", candidaturas religiosas batem recorde
