Ministro da Economia, Paulo Guedes [fotografo] Edu Andrade / Ministério da Economia [/fotografo].
O governo federal não vai enviar a proposta de emenda à Constituição (PEC) da
reforma administrativa, que permite o fim da estabilidade para futuros servidores públicos, antes de serem definidos os próximos presidentes da Câmara e do Senado. As eleições das mesas diretoras das duas casas legislativas serão realizadas no começo de fevereiro de 2021.
"Não existe definição ainda. Eleições municipais e das duas Casas devem influenciar a decisão", disse um importante integrante do governo que está a par das negociações sobre o tema.
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A reforma no serviço público tem sido defendida pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que cobrou reiteradas vezes o envio do texto do governo. Como a matéria trata dos servidores dos três Poderes, Maia acredita que a iniciativa tem de partir do Executivo.
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Inicialmente, o envio da proposta estava previsto para o final de 2019, mas foi adiado devido às fortes resistências políticas. Nos primeiros meses de 2020, o governo prometeu e adiou sucessivas vezes a entrega da iniciativa. A ideia é que seja enviada primeiro uma PEC com a ideia geral da reforma e depois uma
série de projetos de lei que regulamentem as mudanças de forma mais clara.
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