A governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr (Sem partido) [fotografo]Mauricio Vieira/Secom[/fotografo]
A governadora interina de
Santa Catarina,
Daniela Reinehr (sem partido), afirmou em artigo publicado no jornal "Folha de S. Paulo" neste domingo (1º) que não compactua com a ideologia nazista. Desde sua posse, Daniela teve de explicar se é apoiadora da causa nazi, uma vez que seu pai já demonstrou publicamente ser simpático ao regime totalitário comandado por Adolf Hitler na Alemanha nas décadas de 1930 e 1940.
"Não compactuo com o nazismo, assim como rechaço qualquer regime, movimento ou ideologia totalitária que atente contra as instituições democráticas", escreveu a governadora em exercício ao jornal.
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A governadora disse que, apesar de amá-lo, discorda das posições defendidas seu pai, o historiador Altair Reinehr, que lecionou na rede pública do Estado.
O professor Altair indicava a seus alunos, ainda na década de 1990, literatura de apologia ao regime nazista e obras que negavam a existência de um holocausto contra judeus promovido por Adolf Hitler. Em 2005, um artigo assinado por Altair em um jornal de Joinville (SC) colocava em dúvida o extermínio de cerca de seis milhões de pessoas, em sua maioria judeus.
Na primeira entrevista como governadora, na semana passada, Daniela não se posicionou de maneira clara contra o regime, deixando dúvidas sobre sua real opinião sobre o tema. "Eu realmente não posso responder, ser julgada ou condenada por aquele ou esse pense. Eu respeito, volto a dizer, eu respeito as pessoas, independente do seu pensamento, eu respeito os direitos individuais, e qualquer regime que vá contra eu acredite, contra esses elementos que eu disse, eu repudio", disse a governadora. Por conta dessa fala, entidades de direitos humanos e israelitas cobraram uma posição mais contundente de Daniela.
A governadora assumiu o cargo no dia 27 de outubro, após o governador
Carlos Moisés (PSL) ser afastado por 180 dias até seu julgamento pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina (
Alesc). Acusado de crime de responsabilidade ao dar aumentos para procuradores estaduais, Moisés foi afastado - mas sua vice, Daniela, foi inocentada das acusações e mantida no cargo.
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