Aliança pelo Brasil não atingiu a quantidade necessária de assinaturas para oficializar a criação do partido antes das elições de 2022. Foto: Lauriberto Pompeu
O manifesto do
Aliança pelo Brasil aprovado nesta quinta-feira (21) cita o processo que levou a impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016. O presidente Jair Bolsonaro saiu do PSL e tenta funda esta nova legenda. Leia a
íntegra.
"Em 2016, através da incessante vigilância e de manifestações constantes, o povo brasileiro começou a expulsão do socialismo do poder, garantindo as condições sociais e políticas para a queda e punição de seus representantes mais corruptos, bem como para a contenção do projeto totalitário, encampado pelo Foro de São Paulo, de reconstruir na América Latina o que havia sido derrotado na União Soviética", consta no documento de fundação do partido que ainda precisa ser criado.
No programa não há menção a medidas econômicas, com exceção em parágrafos que defendem de forma genérica o liberalismo econômico e a não intervenção estatal.
Apesar de ter anunciado a criação de uma nova legenda, ainda há um longo caminho para percorrer até o Aliança pelo Brasil ser aceito pelo Tribunal Superior Eleitoral e disputar as eleições de 2020. O próprio Jair Bolsonaro demonstrou não estar tão esperançoso ao discursar na convenção do Aliança.
"Espero que dê tempo formar o partido até lá, se não der quem vier candidato por outro partido, o receberemos no futuro de braços abertos, sem problema nenhum", disse.
O presidente da República Jair Bolsonaro foi escolhido nesta quinta-feira (21) o presidente do partido ainda não criado
Aliança pelo Brasil. Outros membros da Executiva Nacional são o seu filho mais velho, o senador
Flávio Bolsonaro , primeiro vice, o suplente do senador
Izalci Lucas (PSDB-DF), Luis Felipe Belmonte, segundo vice, o advogado Admar Gonzaga, secretário-geral, e a advogada Karina Kufa, tesoureira.
São cinco os eixos principais do texto:
- Respeito a Deus e à religião;
- Respeito à memória, identidade e cultura;
- Defesa da vida desde a concepção, legítima defesa, direito de portar armas para sua defesa e a dos seus;
- Garantia da ordem, da representação política e segurança;
- Defesa do livre mercado, da propriedade privada e do trabalho.
Para se criar um partido no Brasil é necessário reunir 500 mil assinaturas. O prazo é curto para o lançamento de candidaturas municipais em 2020. A nova sigla precisará estar pronta até março do ano que vem para poder lançar candidatos a prefeito e vereador em outubro. A equipe de Bolsonaro pretende usar o Whatsapp para reunir o apoio exigido. Mas o uso do instrumento não é seguro juridicamente e as assinaturas podem ser invalidadas.
> Bolsonaro decide sair do PSL e fundar novo partido
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Campanha do Congresso em Foco no Catarse[/caption]