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Congresso em Foco
18/11/2019 | Atualizado às 22h12
Pimenta quer, então, convocar o ministro da Justiça na Câmara para que ele esclareça sua entrada no governo Bolsonaro e também sua participação na campanha do então candidato a presidência Jair Bolsonaro, já que, para o PT, Moro pode ter influenciado no resultado das urnas. "Dias antes da eleição, Moro liberou a delação de Palocci que havia sido rejeitada pelo Ministério Público porque não tinha provas. Ele liberou isso quando já havia sido convidado para ser ministro da Justiça. [...] Houve uma relação promíscua de Moro com Bolsonaro antes do resultado final da eleição", reclamou o deputado, dizendo que atitudes como essa prejudicaram a campanha do então candidato do PT, Fernando Haddad. Pimenta disse que os detalhes desse novo pedido de convocação que pode ser apresentado contra Sergio Moro serão definidos nesta terça-feira (19). Nesta segunda, contudo, o líder do PT na Câmara já discutiu o assunto com o ex-deputado (PT-RJ) e ex-presidente da OAB-RJ Wadih Damous nas redes sociais. Na conversa, Damous disse que Moro pode responder por crime de responsabilidade caso a declaração de Bebbiano seja comprovada. "É extremamente grave o fato de ele ter comparecido ao Congresso Nacional e mentido sobre se teria sido convidado para o cargo de ministro da Justiça antes de concluída a eleição presidencial. Sendo verdadeira a declaração de Bebianno, Moro pode ser processado pelo Congresso Nacional por crime de responsabilidade", explicou o ex-deputado. Veja:Quando alguém ensaia uma mentira para esconder algo muito grave, a linguagem acaba traindo e mostrando qual é a verdade.
No Senado (19/6) e na Câmara (2/7) @SF_Moro se enrolou para dizer que foi sondado antes e convidado após a eleição. Ele não passa num detector de mentiras. pic.twitter.com/oRX6sibKdE - Paulo Pimenta (@DeputadoFederal) November 18, 2019
Cumprindo agenda oficial no Acre, Sergio Moro ainda não comentou publicamente as declarações de Bebbiano. O ex-ministro, porém, soltou uma nota para esclarecer a declaração e afastar qualquer suspeita contra Moro. Na nota, Bebianno diz que, antes da eleição, Moro conversou apenas com Guedes e não com o próprio Bolsonaro. Veja a íntegra da nota: "Em entrevista ao jornalista Fabio Pannunzio, no último sábado, ao falar sobre os bastidores das eleições e da composição do governo, comentei que o Ministro Paulo Guedes tinha sondado o então juiz Sergio Moro para o Ministério da Justiça. Alguns veículos de imprensa distorceram o conteúdo da entrevista, para criar uma narrativa de complô político, que nunca existiu. Até onde tenho conhecimento, o então candidato Jair Bolsonaro, de forma deliberada, nunca teve contato ou se encontrou com o juiz Sergio Moro antes de ser eleito. Qualquer contato que tenha existido entre os hoje Ministros Paulo Guedes e Sergio Moro, antes das eleições, foi resultado de um impulso pessoal do primeiro para buscar um nome de peso para o governo, caso Jair Bolsonaro fosse eleito. O Ministro Sergio Moro sempre se mostrou um magistrado sério e comprometido com a justiça, a ética e o país. Quando aceitou a nomeação ao Ministério da Justiça, abandonou uma carreira estável e brilhante na magistratura, para assumir uma nova função pública, instável e incerta. Mostrou, mais uma vez, seu compromisso primordial com o Brasil." >Lula ataca Bolsonaro, minimiza Ciro e diz que PT vai polarizar em 2022 [caption id="attachment_404868" align="alignleft" width="640"]Bebbiano complica Moro https://t.co/bldqTvtUIr
- Paulo Pimenta (@DeputadoFederal) November 18, 2019
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