[caption id="attachment_266260" align="aligncenter" width="580" caption="Acordo liderado por Juan Manuel Santos foi rejeitado em referendo, mas cessar-fogo continua"]
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[fotografo]EPA/Oliveir Douliery/Ag. Lusa[/fotografo][/caption]
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, ganhou o Prêmio Nobel da Paz pelo esforço para acabar com uma guerra civil que já dura mais de 50 anos e matou pelo menos 220 mil colombianos. Santos liderou o acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que acabou rejeitado em referendo popular no último domingo (2). O nome dele foi anunciado nesta sexta-feira (7) na Noruega.
O advogado e economista de 65 anos assumiu a Presidência da Colômbia em 2010, depois de ter sido ministro da Defesa de seu antecessor, Alvaro Uribe. Ele é filiado ao Partido Social de Unidade Nacional (De la U).
De acordo com a France Press, a presidente do Comitê Nobel norueguês, Kaci Kullmann Five, disse que o processo de paz não morreu com o resultado apertado do referendo (50,21% foram contrários e 49,78%, favoráveis). Outros três presidentes fracassaram no processo de pacificação com as Farc: Belisario Betancur, Cesar Gaviria e Andrés Pastrana.
Os críticos do acordo alegam que o governo cedeu demais e favoreceu os guerrilheiros. Mesmo com a decisão das urnas, o cessar-fogo continua. Além de mais de 220 mil mortos, a guerra na Colômbia produziu quase 7 milhões de refugiados dentro do próprio país e 45 mil desaparecidos.
O Nobel da Paz é definido por um comitê norueguês de cinco integrantes indicados pelo Parlamento norueguês. A premiação leva o nome do cientista sueco Alfred Nobel, que criou a dinamite.