Faixa pedindo "fora Bolsonaro" na manifestação do Dia Internacional das Mulheres | Foto: Erick Mota / Congresso em Foco
Frentes e movimentos de oposição, além de entidades estudantis e sindicais, organizam atos contra o governo do presidente Jair Bolsonaro para este próximo sábado (29) em pelo menos 85 cidades. Eles pedem o impeachment do presidente, novas medidas de proteção, incentivo à produção de vacinas nacionais e criticar cortes na educação. Os atos ganham fôlego com o avanço da CPI da Covid no Senado.
Essa é a segunda convocação de atos contra o presidente desde o início da pandemia. A primeira ocorreu ainda no ano passado, na Esplanada dos Ministérios.
Os grupos ainda se dividem quanto à realização manifestações presenciais durante a pandemia, mas representantes estudantis garantem a distribuição de kits de higienização com álcool em gel, máscaras e cestas básicas.
"Os movimentos sociais estavam com a decisão de não promover os atos por conta das questões sanitárias. Em nenhum momento o Bolsonaro se preocupou com isso. Inclusive os atos que ele faz são sem máscara. Essa é uma preocupação grande nossa, levar máscara pra todo mundo, álcool pra todo mundo,deixar as pessoas com algum distanciamento", disse o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Iago Montalvão.
Além do impeachment do presidente, a pauta dos atos inclui retomada do auxílio emergencial para R$ 600, o fim da violência contra a população negra e indígena, cortes de verbas na Educação e as reformas administrativa e tributária.
De acordo com a presidente da União dos Estudantes Secundaristas (Ubes) Rozana Barroso, a CPI da Pandemia contribuiu em motivar os estudantes e sindicalistas a irem às ruas.
"Estamos vivendo uma situação onde o Brasil está assistindo o mundo inteiro avançar na vacinação enquanto a gente retrocede. E foi por uma escolha, foi por um objetivo. Saber que tudo isso foi escolhido e ouvir todas as coisas que tem sido mostrado na CPI, nos indigna demais", falou.
Divulgação nas redes
Nas redes sociais, os atos ganharam reforço de políticos da oposição e artistas contra o governo.
Guilherme Boulos, ex-candidato à presidência da República pelo Psol.
Talíria Peroni, deputada federal (Psol-RJ) lider da bancada do Psol na Câmara.
Veja quais cidades estão com atos marcados:
De acordo com as entidades, as manifestações estão previstas para ocorrer nas capitais e municípios de 25 estados e no Distrito Federal. Veja os lugares:
- AL - Maceió
- AM - Manaus, Tefé, Presidente Figueiredo, Itacoatiara e Humaitá
- AP - Macapá
- BA - Ilhéus e Salvador
- CE - Fortaleza e Juazeiro do Norte
- DF - Brasília
- ES - Vitória
- GO - Goiânia e Catalão
- MA - Caxias, São Luís e Imperatriz
- MG - Belo Horizonte, Barbacena, Caratinga, Divinópolis, Governador Valadares, Itabirito, Juiz de Fora, Mariana, Montes Claros, Ouro Branco, Ouro Preto, Pouso Alegre, São João Del Rei, Uberaba, Uberlândia e Viçosa
- MS - Dourados, Aquidauana, Campo Grande e Três Lagoas
- MT - Cuiabá e Rondonópolis
- PA - Belém, Abaetetuba, Altamira, Castanhal e Santarém
- PB - João Pessoa, Campina Grande e Patos
- PE - Recife, Caruaru e Garanhuns
- PI - Teresina
- PR - Curitiba, Foz do Iguaçu, Cascavel, Ponta Grossa e Maringá
- RJ - Rio de Janeiro e Campos dos Goytacazes
- RN - Mossoró e Natal
- RO - Porto Velho
- RS - Caxias do Sul, Passo Fundo, Porto Alegre, Bagé e Pelotas
- SC - Florianópolis, Blumenau e Joinville
- SE - Aracaju
- SP - São Paulo, Ribeirão Preto, São Bernardo do Campo, São José dos Campos, Assis, Campinas, Indaiatuba, Jacareí, Praia Grande, Santos, Taubaté e Ubatuba
- TO - Araguaína e Palmas
> Apoio a impeachment de Bolsonaro é maior nas ruas do que no Congresso
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