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Congresso em Foco
27/02/2018 | Atualizado às 23h58
Senador diz que a acusação já foi rejeitada pelo TRF-1 e pede "a mais ampla apuração"
<< Suspeita de venda de emenda persegue deputado << Juiz condena mentores da máfia dos sanguessugasO MPF sustenta que Wellington Fagundes destinou, em troca de propina, emendas parlamentares para que prefeituras do Mato Grosso adquirissem ambulâncias com valores superfaturados. Em sustentação oral naquele colegiado, segundo o registro do MPF, o subprocurador-geral da República Juliano Baioque fez referência ao "complexo mecanismo de corrupção" que o esquema representava, altamente vantajoso para o senador e para os donos da Planam, empresa fornecedora das ambulâncias. "Não existem dúvidas de que o acusado atuava diretamente no esquema de corrupção denunciado", reiterou o subprocurador. Recibos, interceptações, relatos No curso do processo, em conjunto com a PF, o MPF reuniu e apresentou aos magistrados do STF um robusto conjunto probatório. Foram juntados aos autos recibos relativos às emendas parlamentares; documentação apreendida na sede da Planam; depoimentos de testemunhas e prefeitos envolvidos direta ou indiretamente no esquema; e relatos do assessor de Wellington Fagundes no esquema. Também foram realizadas interceptações telefônicas e quebra de sigilo bancário, ambas com autorização judicial. Ministra-relatora do caso no STF, Rosa Weber disse ter verificado indícios de recebimento de vantagem indevida por parte do parlamentar. Para sustentar tal conclusão, a magistrada apontou os recibos de depósitos feitos em contas bancárias em nome de Wellington, bem como na de sua esposa e de seus filhos. "O denunciado disponibilizou seu mandato aos proprietários do Planam, garantindo recursos que subsidiaram a aquisição de ambulâncias em diversos municípios do Mato Grosso e recebendo vantagens indevidas no valor mínimo de R$ 100 mil", declarou Rosa Weber. Família Vedoin A Operação Sanguessuga foi deflagrada pela Polícia Federal, sob monitoramento da PGR, em 4 de maio de 2006. Na ocasião, 48 pessoas foram presas e 53 mandados de busca e apreensão cumpridos. Todos respondem aos processos em liberdade. De acordo com estimativas feitas à época, o grupo movimentou R$ 110 milhões. De acordo com auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Departamento Nacional de Auditoria do Ministério da Saúde (Denasus), a máfia das ambulâncias causou um prejuízo de pelo menos R$ 15,5 milhões aos cofres públicos. Para os auditores, houve superfaturamento em 70% dos convênios analisados. Segundo as investigações, o grupo liderado pelos empresários Luiz Antônio Vedoin e Darci Vedoin, donos da Planam, pagava propina a parlamentares em troca de emendas destinadas à compra de ambulâncias e materiais hospitalares. Ainda de acordo com a denúncia, um grupo de parlamentares viabilizava a aprovação das emendas e intercedia nas prefeituras para direcionar as licitações para as empresas da família Vedoin vencerem as disputas. Os pagamentos eram feitos muitas vezes por meio de intermediários para dificultar a identificação dos envolvidos. No Congresso, a operação policial resultou na abertura de uma CPI mista que culminou no pedido de indiciamento de 72 parlamentares, dos quais três senadores. No Judiciário, foram abertas centenas de ações criminais e de improbidade administrativa contra a família Vedoin, prefeitos e parlamentares. Leia a nota do senador:
<< "Sanguessuga era para encobrir mensalão", diz candidato << STF condena deputado Paulo Feijó por corrupção e lavagem de dinheiro
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