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Congresso em Foco
03/04/2018 | Atualizado às 09h03
<< Comandante do Exército desautoriza general a falar sobre intervenção militar << Comandante do Exército terá de explicar declaração de general sobre intervenção militarTão logo os dois posts foram veiculados na rede social, internautas passaram a comentar o conteúdo do comentário. Um deles quis saber mais a respeito da mensagem. "Essa construção frasal vaga significa o que, General? Explique melhor", sugeriu Leonardo Camello. São muitas as manifestações de apoio ao general. "Um alerta aos STF... Simples e claro... Estou com o general Vilas Boas e com o @exercitooficial", registrou Johnnys Salgado. "@STF_oficial entenderam a mensagem?", emendou Cleuber Barbosa de Oliveira. Mas outros internautas protestaram contra o militar. "Por que o senhor não fez tweet ameaçador quando o supremo livrou Aécio, apesar de todas as provas ou quando Temer, por 2 vezes, comprou o congresso para se safar de responder pelos crimes dele? Seus dedinhos só são nervosos contra Lula, general, o resto dos corruptos tudo bem?", questionou Guilietta Masina, referindo-se ao senador tucano e ao presidente da República, ambos alvos de investigações no STF e na mira da Operação Lava Jato. "Manifestação descabida, inconveniente e desastrosa. Cuidem do seu papel constitucional, que passa longe de ameaçar rasgar a constituição e violar poderes constituídos", protestou Fábio Ostermann. O Palácio do Planalto ainda não se manifestou sobre as mensagens do general - que, como comandante militar, é subordinado ao presidente da República. Já a assessoria do Comando do Exército se limitou a dizer que a manifestação tem caráter pessoal e não cabe à instituição analisar seu conteúdo. Autoridades Mas não foram só os chamados "cidadãos comuns" que comentaram as postagens do general. Responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro, o juiz Marcelo Bretas retuitou os registros de Villas Boas e adicionou à publicação um "emoji" de aplauso (imagem abaixo), ou seja, manifesta apoio ao militar por meio do ícone usado em conversas pela internet. Ontem (segunda, 2), Bretas já havia interagido no Twitter a respeito do caso Lula, condenado em segunda instância, com outra autoridade do petrolão.
<< Dallagnol anuncia jejum por prisão de Lula; juiz da Lava Jato, Bretas apoia: "Acompanhá-lo-ei em oração"
<< Chefe do Exército critica desde julho uso das tropas por Temer: "Desgastante, perigoso e inócuo" << Iminência da prisão de Lula eleva tensão no STF e pressão sobre Cármen LúciaMilitares estão submetidos ao artigo 166 do Código Penal Militar (CPM), editado em 1969, que os proíbe de fazer qualquer manifestação política em público, sob pena de detenção e outras punições. Submetidos à hierarquia de Poderes e autoridades legalmente constituídas, membros da Marinha, da Aeronáutica e do próprio Exército são desaconselhados a se pronunciar, principalmente sobre questões políticas, publicamente.
General diz esperar ordens do comandante com "espada, sela equipada e cavalo trabalhado"
Já o Anexo 1 do Regime Disciplinar do Exército ("Relação das Transgressões"), decreto em vigência desde 22 de agosto de 2002, é claro em proibir manifestação de natureza político-partidária ou religiosa. De acordo com a legislação, é vedado aos militares: "Tomar parte, em área militar ou sob jurisdição militar, em discussão a respeito de assuntos de natureza político-partidária ou religiosa; manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária; discutir ou provocar discussão, por qualquer veículo de comunicação, sobre assuntos políticos ou militares, exceto se devidamente autorizado". No entanto, a Constituição tem entre as cláusulas pétreas a liberdade de expressão. E, no artigo 220, expressa que "a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição". De olho no texto constitucional, o Partido Social Liberal ajuizou ação no STF, em agosto de 2017, alegando que o CPM está defasado e fere o direito à liberdade de expressão. Militares da reserva, como Luiz Gonzaga, não têm qualquer restrição legal que os impeça de emitir opinião em público.<< "Governos, sobretudo quando não são fortes, apelam para os militares", diz FHC << Grupo pró-intervenção militar leva boneco de general exonerado após crítica ao governo
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