Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
14/09/2018 | Atualizado às 22h55
Vídeo: a entrevista exclusiva de Fernando Haddad ao Congresso em Foco
Ele respondeu também sobre a delação de empreiteiras como a Odebrecht e a UTC, que o acusaram de recebimento de propina, e sobre o fato de ter sido denunciado pelo Ministério Público em razão de supostas irregularidades em obras por ele endossadas como prefeito de São Paulo. Bonner quis saber se, como candidato, ele não fica "incomodado" por ter sido "denunciado na Lava Jato". "Essas empresas resolveram me retaliar e foram ao Ministério Público sem nenhuma prova", respondeu o petista, lembrando ter cancelado obras das empreiteiras, razão que teria gerado a alegada retaliação. Como Bonner e Renata o interrompiam, Haddad se mostrou indignado e não aceitou as interpelações. "Quando se trata de minha honra, eu decido [o que responder]. Quando é a sua,você decide", vociferou Haddad, que se dirigiu a Bonner e citou, por mais de uma vez, as complicações criminais do Grupo Globo, que segundo ele incluem investigações na Receita Federal. 2016 distante Renata voltou à carga lembrando que Haddad perdeu a eleição de prefeito de São Paulo para João Doria, em 2016, no primeiro turno - o primeiro caso da história do município em que o mandatário que tenta a reeleição é derrotado na primeira fase de votações. Nesse sentido, a jornalista quis saber por que o eleitor, que o rejeitou em São Paulo, deveria rever sua posição agora em nível nacional. Haddad recorreu à própria trajetória para devolver a provocação de que, a exemplo de Dilma, o ex-presidente Lula (2003-2010) o havia indicado para o posto mais importante do país. "O presidente Lula me escolheu na condição de ministro mais bem avaliado do governo mais bem avaliado da história", rebateu o petista, passando de informar números de sua gestão como ministro. A apresentadora insistiu e quis saber o porquê de tanta rejeição em São Paulo, a ponto de perder a corrida eleitoral já no primeiro turno. "Foi um ano muito atípico. O clima que se criou de antipetismo no Brasil, enquanto se represou as informações sobre os demais partidos, foi enorme", respondeu o petista. "Perguntem, hoje, aos paulistanos o que ele acha do prefeito deles [Doria]. Aconteceu uma indução a erro. O eleitor foi induzido ao erro, e votou com as informações que tinha", acrescentou. Legado Renata Vasconcelos perguntou então o que Haddad faria como contraponto à gestão da economia por parte da ex-presidente Dilma Rousseff, que "deixou mais de 11 milhões de desempregados". Haddad iniciou a resposta fazendo menção à entrevista dada pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) ao jornal O Estado de S. Paulo, em que o parlamentar enumera os erros do tucanato nos últimos anos - "contestaram o resultado das eleições em 2014, apresentaram uma pauta-bomba contra o PT, embarcaram no governo Temer e blindaram Aécio Neves [PSDB-MG]", declarou Haddad. "Nós tínhamos a menor taxa de desemprego em 2014. Aí vem o senhor Eduardo Cunha, com Aécio Neves, e começaram a sabotar um governo que precisava de ajustes", protestou o candidato. Em suas considerações finais, Haddad pediu voto no 13, número do PT, e disse que só com sua vitória nas urnas o Brasil poderia retomar o projeto iniciado pelo ex-presidente Lula. Ele citou programas de grande apelo popular, como o Luz para Todos e o Prouni (Programa Universidade para Todos), empreendimentos com a transposição do rio São Francisco e disse que, nos governos Lula e Dila, o Brasil viveu "12 anos de normalidade democrática".Pesquisa Vox Populi que mostra Haddad na liderança gera polêmica nas redes
O discurso de Haddad já como candidato do PT à presidência da República
Tags
Temas
LEIA MAIS
CONTAS DO GOVERNO