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Congresso em Foco
03/07/2018 | Atualizado às 12h03
"Nós teremos, sim, no estado de São Paulo candidaturas de militares femininas, entre deputadas federal e estadual, pelo menos umas 40 candidaturas, sendo metade delas comigo no PSL. Naturalmente, por eu ser presidente do partido [no estado] e pelo Jair Bolsonaro, o PSL acaba tendo uma tendência maior de procura", disse o deputado à reportagem. Segundo ele, o crescimento do número de candidaturas de mulheres militares não está ligado à exposição que a também cabo da PM paulista Kátia Sastre teve recentemente. Após reagir a uma abordagem e matar o homem que tentou assaltá-la na porta da escola de sua filha, no domingo de Dia das Mães, a policial foi homenageada pelo governador do estado, Márcio França (PSB), e convidada a concorrer a uma vaga na Câmara pelo PSL e pelo PR. Deve disputar uma das 513 cadeiras pelo PR. "A maioria dessas mulheres que estão participando do processo [eleitoral] já vinha de entendimentos conosco, mesmo antes da ação da Sastre. Então, eu não vejo que possa ter aumentado a procura", disse Major Olímpio. Sem "suavizar" Fátima, que deve sair com o nome de urna Fátima "Pérola Neggra", afirmou à reportagem que não sabia quantas mulheres deverão ser suas correligionárias, quantas colegas de profissão vão concorrer este ano e que desconhecia a opinião delas sobre o presidenciável. "Também gostaria de saber que mulheres são essas que estão apoiando o Bolsonaro. Até porque a gente só vê o contrário, que mulher não vota no Bolsonaro, que as mulheres não votam nele. E eu estou muito curiosa para entender as razões", diz Fátima. Para o deputado, as pré-candidatas procuraram o partido por identificação dos propósitos delas como mulheres e como policiais. Olímpio afirmou à reportagem que a imagem de Bolsonaro não precisa ser "suavizada" das frequentes acusações de machismo. "Nós não temos esse tipo de preocupação porque nós sabemos que [repercussão de declarações] foram mais distorções e foco de interesses escusos para tentar diminuir a imagem do Bolsonaro para a opinião pública. Não tem essa história de suavizar o que não deve ser suavizado", afirma ele. Fátima contou que faz parte de grupos de mulheres que apoiam o pré-candidato do PSL ao Planalto, mas que considera que ainda há poucas, no geral, apoiando o deputado fluminense". "Estou achando poucas. Não sei se é por conta do militarismo", diz ela, que também afirma ter "apreço" pelo deputado e que não vê machismo nas atitudes e declarações dele. "Mas quero saber qual a opinião das colegas. Vou estudar um pouco nos próximos dias", disse ela. Financiamento de campanha Em 22 de maio, o TSE determinou que os partidos deverão repassar no mínimo 30% dos recursos recebidos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) para as candidaturas de mulheres. Além dos recursos, o tempo de rádio e TV também deve ser 30% delas. Segundo Fátima, o partido ainda não havia abordado a questão do financiamento, mas as chamadas "vaquinhas" eleitorais e as doações voluntárias devem ser a base de sua campanha. De acordo com Major Olímpio, o PSL não deve usar recursos do fundo especial, criado no ano passado e apelidado de "fundão", por considerá-lo "imoral". A sigla, que cobrou uma fatia maior do FEFC ao mesmo tempo em que tentava extinguí-lo, terá direito a R$ 9,2 milhões apenas deste fundo. Prazo de filiação O prazo para a filiação partidária de uma pessoa ligada ao serviço militar é mais flexível, o que dá mais tempo para que os partidos cortejem possíveis candidatos vindos do militarismo. Como a atividade partidária é proibida aos militares, eles só podem se filiar na época das convenções partidárias - desde que não ocupem posições de comando nas corporações. As convenções partidárias deste ano ocorrerão entre 20 de julho e 5 de agosto. A filiação passa a ser entendida a partir do momento em que ele é confirmado pelo partido para concorrer a uma vaga, quando o então candidato deve comunicar a decisão ao seu superior. As regras também são diferentes para aqueles que têm mais ou menos de dez anos de serviço nas corporações. O candidato que tem mais de uma década como militar é considerado "agregado", o que significa que ele é afastado para que possa exercer uma outra função temporariamente. Se eleito, ele passa à reserva, do contrário poderá voltar ao posto. Os que têm menos de dez anos de serviço são considerados militares inativos a partir da filiação e não podem voltar ao posto se não forem eleitos.
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