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Congresso em Foco
13/02/2019 | Atualizado às 18h57
> Partido de Bolsonaro criou "candidata laranja" para usar R$ 400 mil de verba pública
"Ontem estive 24h do dia ao lado do meu pai e afirmo: 'É uma mentira absoluta de Gustavo Bebbiano que ontem teria falado 3 vezes com Jair Bolsonaro para tratar do assunto citado pelo Globo e retransmitido pelo [site] Antagonista'", declarou Carlos por meio do Twtitter. Instantes depois, na mesma rede social, Carlos Bolsonaro postou outro conteúdo (veja abaixo) com um áudio encaminhado por Bolsonaro a Bebianno. "Não há roupa suja a ser lavada! Apenas a verdade: Bolsonaro não tratou com Bebianno o assunto exposto pelo O Globo como disse que tratou", reiterou o vereador fluminense. Na mensagem de voz em questão, o presidente se nega a conversar com seu ministro. "Gustavo, está complicado eu conversar ainda. Então não vou falar. Não vou falar com ninguém, a não ser estritamente o essencial. Estou em fase final de exames para possível baixa hoje, tá ok? Boa sorte aí", afirma Bolsonaro.As postagens de Carlos Bolsonaro confirmam conversas de bastidor sobre a situação de fragilidade de Bebianno no âmbito do governo. Ontem (terça, 12), o secretário-geral cancelou sua agenda oficial na parte da tarde, depois de almoço com assessores no restaurante do Palácio do Planalto. Na ocasião, recusou-se a falar com a imprensa e, à noite, reuniu-se com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Candidata fantasma A reportagem da Folha informa que o PSL criou em Pernambuco uma "candidata laranja", nas eleições de 2018, para ter acesso a dinheiro público. Ela recebeu R$ 400 mil do PSL durante o pleito. E apenas 274 votos do eleitorado pernambucano. Aos 68 anos, Maria de Lourdes Paixão concorreu ao posto de deputada federal. Desconhecida do público, inclusive regionalmente, ela foi a terceira mais contemplada em todo o país com verba do PSL - nem a famosa "digital influencer" Joice Hasselmann (PSL-SP), a deputada federal recém-eleita na condição de mais votada da história (1,079 milhão de votos), ou mesmo o presidente Jair Bolsonaro foram tão beneficiados quanto Maria de Lourdes. Segundo a reportagem assinada por Camila Mattoso, Ranier Bragon e Joana Suarez, a direção nacional do partido enviou os R$ 400 mil do fundo partidário para a conta da candidata em 3 de outubro, a quatro dias da eleição do ano passado. Naquela ocasião, Gustavo Bebianno coordenava a campanha de Bolsonaro e reverberava as falas do presidenciável a respeito de luta contra a corrupção, honestidade e nova política. "No caso de Lourdes Paixão, a prestação de contas dela, que é secretária administrativa do PSL de Pernambuco, estado de Bivar, sustenta que ela gastou 95% desses R$ 400 mil em uma gráfica para a impressão de 9 milhões de santinhos e cerca de 1,7 milhão de adesivos, tudo às vésperas do dia que os brasileiros foram às urnas, em 7 de outubro", diz trecho da reportagem, destacando que a candidata só teve acesso ao dinheiro três dias antes da eleição.Não há roupa suja a ser lavada! Apenas a verdade: Bolsonaro não tratou com Bebiano o assunto exposto pelo O Globo como disse que tratou: pic.twitter.com/pJ4bkvMMGj
- Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) 13 de fevereiro de 2019
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