Presidente Jair Bolsonaro
[fotografo] Reprodução / Secom [/fotografo]
O presidente
Jair Bolsonaro avalia escolher um partido já existente para abrigar membros de seu grupo político que querem se candidatar nas eleições de 2020.
A legenda seria um "plano B" caso o Aliança pelo Brasil não seja oficializado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até abril, prazo máximo para um candidato estar filiado a uma legenda.
O assunto foi discutido em reunião nesta quarta-feira (22) com o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, e com o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ).
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Para se criar um partido no Brasil é necessário reunir 500 mil assinaturas. O prazo é curto para o lançamento de candidaturas municipais em 2020. A nova sigla precisará estar pronta até abril para poder lançar candidatos a prefeito e vereador em outubro.
Antes de anunciada a intenção de criar um novo partido, aliados de Bolsonaro mantiveram conversas com
Patriota e Republicanos.
> Bolsonaro decide sair do PSL e fundar novo partido
Bolsonaro x PSL
Em novembro, o presidente Jair Bolsonaro e o seu filho mais velho, o senador
Flávio Bolsonaro, assinaram carta de desfiliação do PSL.
O
grupo político do presidente da República na Câmara dos Deputados também vai sair do partido para participar da fundação de uma nova legenda chamada de Aliança pelo Brasil. Os advogados Admar Gonzaga e Karina Kufa são os responsáveis pela estratégia jurídica da criação da legenda em gestação.
A
crise na sigla pela qual foi eleito o presidente da República foi destacada pelo
Congresso em Foco em setembro de 2019, quando deputados revelaram ao
site que a situação dentro do partido era de racha e possível debandada.
O clima piorou no dia 8 de outubro, quando Bolsonaro disse para um seguidor esquecer da sigla e que presidente nacional do PSL,
Luciano Bivar, está "queimado para caramba".
Desde então, troca de farpas estão acontecendo dos dois lados. Bolsonaro e seus aliados têm sido mais ferrenhos; do outro, o presidente do partido,
Luciano Bivar, e deputados que não fazem parte da ala mais bolsonarista.
Há quatro anos, quando 26.162 pessoas se candidataram a cargos eletivos, o nanico Partido Social Liberal lançou 832 candidatos pelo Brasil. Passados quatro anos, em 2018 e com Bolsonaro como presidente eleito pela sigla, o número de candidatos pela legenda disparou 51,4%, chegando a 1.260.
Em 2018, o partido elegeu três governadores, quatro senadores e 54 deputados federais, começando o ano com a maior bancada da Câmara. Enquanto em 2014 não foram eleitos senadores e governadores pelo partido e apenas um deputado do PSL foi escolhido nas urnas naquele ano.
> Advogado de Bolsonaro prevê desfiliação em massa; PSL intensifica campanhas