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Congresso em Foco
18/01/2020 | Atualizado às 21h05
Somado a diversas manifestações públicas de parlamentares e também do governo, o áudio de Carla Zambelli revela que a reforma da previdência só foi aprovada a partir da liberação de dinheiro público para compra de votos. Um verdadeiro esquema sujo de "toma lá, dá cá".
- Sâmia Bomfim (@samiabomfim) January 18, 2020
Olha a prova de compra de votos para aprovar a reforma da previdência contra os trabalhadores. Foram 40 milhões para cada deputado que votou contra o povo. Carla Zambeli, aquela que a deputada Joice Halsseman chamou de burra, confessa a um prefeito. Ouça:https://t.co/rStUPejIOZ
- Rogério Correia (@RogerioCorreia_) January 18, 2020
Até o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), que era aliado do presidente Jair Bolsonaro na época da votação da reforma da Previdência e trabalhou com afinco para aprovar a proposta, usou o termo "compra de votos" para falar sobre o áudio de Zambelli. Veja:A confirmação de que a previdência do povo foi VENDIDA! A aposentadoria do povo foi negociada no "toma lá, dá cá" que tanto denunciamos! A deputada bolsonarista Carla Zambelli confessou a liberação de recursos em troca de votos a favor da reforma da previdência. CORRUPÇÃO! pic.twitter.com/pHovCZEvEG
- Randolfe Rodrigues (@randolfeap) January 18, 2020
Resposta Procurada, a deputada Carla Zambelli admitiu ter recebido algumas emendas parlamentares após a reforma da Previdência, mas disse que o que houve não foi compra de votos. "Não existe compra de votos. O que existe, historicamente, é um rateio de verbas ministeriais, de diversos ministérios, que os deputados destinam para suas bases", alegou. Ela ainda disse que essas emendas foram destinadas a diversos deputados, inclusive os de oposição. "Não foi só gente do governo que recebeu. [...] Eu recebi R$ 5,5 milhões só. Não é muita coisa. Teve deputado da oposição que teve muito mais que eu. E colocam como se o presidente tivesse comprando deputado. Não é assim", reclamou. Zambelli afirmou que a própria Sâmia Bomfim recebeu emenda e alfinetou: "Uma deputada de primeiro mandato e da oposição ter recebido emenda significa que o recorte do áudio está errado". A deputada bolsonarista disse, então, que o áudio que está circulando na internet é seu, mas foi modificado. "O áudio está cortado. Deturparam o áudio. Existe um contexto naquilo. Todo mundo sabe que os deputados tiveram emendas, verbas. Mas as pessoas estão querendo deturpar, dizendo que houve compra de votos. Compra de votos teve no mensalão, quando o ex-presidente Lula comprava o voto dos deputados e o deputado saia com dinheiro no bolso. É bem diferente", declarou. Investigação A suspeita de irregularidades na aprovação da reforma da Previdência não é nova. Desde a votação da matéria na Câmara, os parlamentares falam sobre a promessa de emendas. E o que se comenta é que a saúde - área abordada no áudio de Zambelli - foi a que mais recebeu esses recursos. A Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado, a pedido do senador Rogério Carvalho (PT-SE), chegou até a pedir que o Tribunal de Contas da União (TCU) fizesse uma auditoria nas emendas. Nesta semana, o assunto virou até alvo de um inquérito do Ministério Público Federal (MPF). O MPF apura se o presidente Jair Bolsonaro; o presidente da Câmara, Rodrigo Maia; e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, fizeram interferências indevidas na aprovação da reforma. O inquérito foi aberto a pedido do Psol,que solicitou a investigação da liberação de mais de R$ 444 milhões em emendas irregulares, como lembrou Sâmia Bomfim neste sábado:Vaza áudio da deputada Carla Zambelli sobre compra de votos na reforma da Previdência. https://t.co/dxDxvKNLbS
- Alexandre Frota 77 (@alefrota77) January 18, 2020
> Juízes entram com ação no STF contra trecho da reforma da Previdência > PEC paralela da Previdência deve se restringir a estados e municípios, defende MaiaA bancada do PSOL abriu inquérito no MPF para verificar a liberação de mais de R$ 444 milhões em emendas sem autorização. A integralidade da votação da reforma da previdência está em cheque. É inadmissível que dinheiro público seja usado para influenciar o processo legislativo.
- Sâmia Bomfim (@samiabomfim) January 18, 2020
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