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09/12/2016 | Atualizado às 19h29
A semana foi de abalo na reputação das instituições da República. O que se viu foram sucessivos exemplos de como os agentes públicos não devem atuar, de como desperdiçar ativos de imagem e de como errar na condução de estratégias de comunicação. Em termos de imagem e de exemplo de porta-vozes e gestores institucionais, houve "perda total", como dizem as seguradoras quando o veículo tem danos fatais em acidentes de trânsito.
Começou com o presidente do Senado, Renan Calheiros, recusando-se a receber o oficial de Justiça enviado pelo Suprema Corte. Assombro geral e manchetes nos sites de notícia, com a foto da porta entreaberta comprovando a presença do senador na residência oficial e o enfrentamento em não receber a notificação.
A seguir, a decisão do STF de manter Renan no cargo mas parcialmente, impedido de participar da linha sucessória da Presidência da República. O ministro Marco Aurélio, que chegou a ser criticado por afastar o presidente do Senado por liminar baseada num julgamento inacabado, foi vencido no plenário por 6x3. Os demais ministros também foram alvo de críticas, e o resultado classificado de "meia-sola" institucional. Renan ficou no cargo, mesmo a presidente Carmen Lúcia tendo passado um "pito" no parlamentar, ao afirmar na sessão que "dar as costas a um oficial de Justiça é dar as costas ao Judiciário".
A ópera-bufa continuou. Um dia depois, o mesmo Renan afirmou que "decisão judicial é para ser cumprida" e simplesmente desistiu de votar o projeto de abuso de autoridade, pelo qual se empenhou tanto. "O acórdão se confirmou", disse Marco Aurélio, completando que pelo menos Renan não chamará o Supremo de "Supremeco".
No Executivo, mais um fio desencapado na costura política com a base aliada. Líderes do chamado "Centrão" reagiram à notícia de que o tucano Antônio Imbassahy (PSDB-BA) será o novo Secretário de Governo, levando o presidente Michel Temer a reavaliar. E tudo isso no momento em que o governo mais precisa da base aliada para aprovar projetos impopulares e a temida reforma da Previdência.
A sucessão de abalos surrealistas deu margem a ironias na imprensa, com analistas afirmando que as instituições estão funcionando. Devem estar respirando por aparelhos, como nas unidades de terapia intensiva.
Uma das regras obrigatórias em Media Training é que porta-vozes públicos precisam ter cuidado ao participar de exposições públicas, pois são porta-vozes institucionais e suas ações impactam as instituições onde atuam. Na semana, viralizou nas redes a cena da foto do juiz Sergio Moro conversando e rindo, numa demonstração de proximidade e intimidade com o senador Aécio Neves (PSDB), um dos citados nas delações premiadas da Operação Lava-Jato. A cena foi clicada durante a premiação "Brasileiros do Ano", da revista IstoÉ. Por sua atuação como principal juiz da Lava-Jato, Moro virou celebridade nacional e recebe tanto aplausos como críticas à condução e julgamento dos processos no âmbito da Lava-Jato.
Como era de se esperar em tempos de excesso de informação nas redes sociais, a foto viralizou na internet gerando muitos memes e indignação. O assunto foi tão comentado que chegou ao trending topics do Twitter. A principal crítica foi quanto à postura de Moro, o que estaria o "mocinho" conversando com o "vilão"?
Nos últimos dias também repercutiram na internet outras cenas de Moro, como a sua equipe de segurança pessoal, que o acompanhava na sala de espera no aeroporto, e ele ter viajado no mesmo voo da mulher de Eduardo Cunha, Claudia Cruz.
Depois das perguntas mais frequentes que o brasileiro faz para o Google, nesta semana o "Fixr.com", site de estimativa de custos, divulgou um mapa que mostra quais produtos os usuários do Google mais buscam em cada país. O mapeamento se baseou no preenchimento automático da frase "Quanto custa um...".
Os resultados foram os mais inusitados. No Brasil e na Tailândia as pessoas querem saber quanto custa uma prostituta. No Irã, o preço de um rim é bastante pesquisado. Já na Venezuela a dúvida é quanto custa um galão de gás. Confira outros resultados fascinantes e perturbadores.
Para acirrar ainda mais a competição entre as maiores empresas no âmbito das redes sociais, o Google lançou no Brasil esta semana a versão em português do seu Allo. O app vem como concorrente do WhatsApp e Telegram. Além de um aplicativo de mensagens, promete ser um assistente pessoal. O Allo tem embutido recursos de inteligência artificial que automatizam algumas tarefas e permitem realizar buscas no Google dentro das janelas de conversa. Além disso, o aplicativo pode sugerir respostas automaticamente durante as conversas e permite ao usuário, sem sair da janela do chat, consultar a previsão do tempo, ver rotas, programar alarmes, entre outras ações.
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