PSDB lança plataforma para abastecer filiados oposicionistas em discussões com o governo. Sua bancada na Câmara, porém, vota com o Executivo. Foto: Antonio Molina
A reunião da executiva do
PSDB que estava marcada para esta terça-feira (24) foi cancelada e remarcada para o dia 2 de junho. É um sinal de que a renúncia nesta segunda-feira (23) do ex-governador de São Paulo
João Doria da sua
candidatura à Presidência não resolveu o problema interno do partido.
Depois do gesto de Doria, iniciou-se um movimento de parte do PSDB não no sentido de apoiar, como se esperava, a candidatura da senadora
Simone Tebet (MDB-MS) como nome único da chamada
terceira via, formada pelo PSDB,
MDB e
Cidadania, mas para ressuscitar a candidatura do ex-governador do Rio Grande do Sul
Eduardo Leite, que foi derrotado por Doria nas prévias do partido.
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Em uma nota, o líder do PSDB na Câmara, Adolfo Viana (BA), argumentou que o adiamento se deu porque a reunião iria contar com a presença de Doria e seria destinada a tratar das deliberações tomadas junto com Cidadania e o MDB nos últimos dias. "Após o gesto de grandeza de Doria, esta reunião se tornou inócua naturalmente".
Mas, na verdade, esse não era o roteiro anunciado antes pelo PSDB. O presidente do partido.
Bruno Araújo, e os lideres do partido na Câmara e no Senado,
Adolfo Viana (BA) e
Izalci Lucas (DF) iriam hoje, como foram, a Doria para convencê-lo a desistir da sua candidatura. Na sequência, a ideia era que fosse, então, anunciado o apoio a Simone Tebet.