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Lydia Medeiros
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INTERNACIONAL
10/4/2025 14:07
Terremoto, ruptura, revolução Não faltam palavras em todas as línguas para tentar definir o que representa a política de Donald Trump e seus efeitos mundo afora. No Brasil, a posição do governo tem sido cautelosa: não se antecipar aos fatos, apostando em negociação. O país não sairá ileso da guerra tarifária imposta pelo presidente americano. Até aqui, porém, não se sabe quais os planos para arrumar a casa e enfrentar o abalo.
No ano passado, Lula decidiu que a agenda de reformas fiscais se limitaria às propostas de contenção de gastos apresentadas em novembro pelo ministro Fernando Haddad. Temas como o rombo crescente da Previdência ficarão para o próximo governo resolver. Uma reforma administrativa também não está no horizonte. As eleições de 2026 são a pauta, e a agenda é eleitoral, não econômica.
No Congresso, o governo estabeleceu duas prioridades que devem ocupar os parlamentares até o fim do ano o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil e a PEC da Segurança Pública. Para Lula, são as medidas que podem reverter sua quada de popularidade e levá-lo com mais conforto à disputa de mais um mandato. Há iniciativas isoladas voltadas à sustentabilidade das contas públicas, como o projeto apresentado pelo senador Renan Calheiros que estabelece limites para o endividamento do país. A regra, porém, é tocar o barco sem grandes solavancos e cuidar das paróquias.
Esse norte fica claro quando se analisa a evolução dos repasses feitos por meio das "emendas pix". A repórter Idiana Tomazelli mostrou que em 2020 eles somaram R$ 621 milhões. Em 2023, R$ 7 bilhões. Uma mina de ouro eleitoral com dinheiro do Orçamento.
Economistas preveem uma recessão global, que não deixaria ninguém de fora. Lula tem pregado união para enfrentar o caos. O Brasil preside neste ano o Brics+ e a COP30. São fóruns importantes e um espaço privilegiado para o país liderar inciativas para navegar nesse novo mundo. Na reunião da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), propôs uma pauta comum baseada em defesa da democracia, combate aos efeitos das mudanças climáticas e integração econômica e comercial.
Fortalecer parcerias e buscar novos aliados tem sido o mantra dos países que se sentem afetados pela política de Trump. O Brasil segue nesse caminho, mas há tropeços. Quem acompanha a área ambiental, por exemplo, não entendeu por que não havia qualquer representante do primeiro escalão federal acompanhando o ministro do Meio Ambiente e Ecologia da China, Huang Runqiu, num evento com jovens cientistass em Manaus. Era caso de aprender mandarim e correr para lá, disse esse observador. O ministro foi recebido oficialmente em Brasília depois. Mas a conversa em plena Amazônia se perdeu.
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].
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