[caption id="attachment_76834" align="alignleft" width="280" caption="Corregedora-nacional de Justiça vai conversar com o juiz que pediu afastamento do caso Cachoeira"]
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[fotografo]Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr[/fotografo][/caption]O
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juiz federal Alderico Rocha Santos, titular da 5.ª Vara Federal da Seção Judiciária de Goiás, é o novo presidente do inquérito da Operação Monte Carlo. Ele vai substituir o juiz Paulo Augusto Moreira Lima, que era substituto na 11a Vara Federal de Goiás e pediu afastamento por ter recebido ameaças veladas. Como resultado do processo, foram presas 82 pessoas. Entre elas, o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e policiais civis e militares de Goiás.
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O anúncio foi feito na noite de ontem (19) pelo presidente do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF 1), desembargador federal Mário César Ribeiro. De acordo com o TRF 1, Alderico Rocha Santos atualmente é titular da 5.ª Vara Federal da Seção Judiciária de Goiás. Ele não vai abandonar as atuais funções. Além do pedido de afastamento de Moreira Lima, o juiz federal Leão Aparecido Alves, titular da 11.ª Vara, declarou-se suspeito para presidir o inquérito por "motivo de foro íntimo".
Hoje (20), a corregedora-nacional de Justiça, Eliana Calmon, reúne-se com Moreira Lima, Alves, o presidente do TRF 1, corregedor do Tribunal Regional Federal da 1a Região, desembargador Carlos Olavo, e o presidente da Associação dos Juízes Federais (Ajufe), Nino Toldo. A corregedora quer esclarecimentos. "Saber que tipo de ameaça ele sofreu. Porque a Corregedoria, da mesma forma que age disciplinarmente com o juiz, ela também apoia o juiz", disse Eliana Calmon.
Eliana Calmon quer conversa com juiz da Operação Monte Carlo
CPI quer ouvir juiz ameaçado por grupo de Cachoeira
O novo juiz responsável pelo inquérito já julgou casos polêmicos. Em 2002, foi o responsável por autorizar a prisão do senador
Jader Barbalho (PMDB-PA), que acabou preso pela Polícia Federal acusado de irregularidades na Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). O peemedebista foi mais tarde solto por decisão do desembargador federal Fernando Tourinho Neto,
o magistrado que concedeu o habeas corpus a Carlinhos Cachoeira na sexta-feira (15).
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