Presidência da República alegou sigilo em quase 20% dos acessos negados à informação pedidos via LAI. Foto: Marcos Corrêa/PR
Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (30) que seu governo irá defender a
Amazônia de regras internacionais que chamou de "injustas". Em vídeo gravado para a Cúpula da Biodiversidade da Organização das Nações Unidas (ONU), Bolsonaro novamente se mostrou agressivo com a preocupação internacional sobre os biomas brasileiros.
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"Rechaço, de forma veemente, a cobiça internacional sobre a nossa Amazônia. E vamos defendê-la de ações e narrativas que agridam os interessem nacionais", disse.
"Não podemos aceitar, portanto, que informações falsas e irresponsáveis sirvam de pretexto para a imposição de regras internacionais injustas", afirmou o presidente, "que desconsiderem as importantes conquistas ambientais que alcançamos em benefício do Brasil e do mundo."
O discurso é exibido um dia após o candidato democrata à presidência dos EUA, Joe Biden, ameaçar
sancionar economicamente o Brasil caso eleito, por conta da política ambiental adotada no país atualmente. Não é possível determinar se o vídeo exibido na ONU foi gravado após o debate presidencial desta terça-feira. Mais cedo, Bolsonaro foi ao Twitter chamar de "lamentável" a fala de
Biden sobre a Amazônia.
Em seu discurso, Bolsonaro citou a existência da "Operação Verde Brasil 2", que segundo ele reverteu a tendência de área desmatada na
Amazônia - fato que contrasta com os sucessivos recordes de área desmatada na região desde o início do seu governo, no ano passado. Bolsonaro disse que a operação deve continuar para que impedir a ação de ONGs que, segundo ele, comandam os crimes ambientais no Brasil e no exterior.
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